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Notícias / Alemanha

Opiniões da extrema-direita ganham cada vez mais força na Alemanha, revela estudo

Para o estudo, foram analisadas opiniões segregacionistas e antissemitas na população alemã; entenda!

Redação Publicado em 21/09/2023, às 10h32

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Homem segurando bandeira do antigo Império Alemão, durante evento na Alemanha - Getty Images
Homem segurando bandeira do antigo Império Alemão, durante evento na Alemanha - Getty Images

Um estudo desenvolvido recentemente na Alemanha revelou que, no país, vem se notando uma crescente em um fenômeno que pode ser notado em várias regiões do globo: uma crescente nas opiniões da extrema-direita. O estudo em questão foi encomendado pela Fundação Friedrich Ebert — estreitamente ligada ao Partido Social Democrata —, e realizado por investigadores da Universidade de Bielefeld, sendo publicado pela primeira vez em 2006 e realizado a cada dois anos.

Conforme repercutido pelo The Guardian, os novos dados da pesquisa demonstram que, agora, 8% da população alemã possui uma visão distintamente associada à extrema-direita — um aumento considerável, de entre 5 e 6%, com relação a estudos anteriores —, ao passo que o chamado "centro médio" se torna "cada vez mais receptivo às posições misantrópicas" (de ódio pela humanidade).

Além do mais, durante a pesquisa também foram apresentadas afirmações às pessoas, para as quais elas deveriam indicar aprovação ou não. Entre várias frases, um exemplo é "existem vidas dignas e indignas", que teve um aumento na concordância de 2 a 3%, em 2014, para 6% atualmente, sugerindo a maior defesa do chamado 'darwinismo social'.

Outro dado bastante relevante é que aqueles que desejavam que a Alemanha fosse um Estado de partido único, liderado de maneira autoritária (a exata palavra utilizada nas descrições foi "führer"), também teve um aumento. Entre 2014 e 2021, a visão passou de pertencer a 2% da população, para 4%; agora, em 2023, ela está presente em 6% dos alemães.

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Dois homens levantando a mão em referência a saudação nazista, na Alemanha
Dois homens levantando a mão em referência a saudação nazista, na Alemanha / Crédito: Getty Images

Uma Alemanha poderosa?

Ainda segundo o The Guardian, um número crescente de alemães vem vendo necessidade de o país se colocar em primeiro lugar em questões nacionais, e 16% ainda afirma que gostaria de um "senso mais forte de identidade nacional" no país, liderado por políticos que tenham como objetivo garantir "poder e prestígio" para a Alemanha.

Menos de 60% dos entrevistados afirmaram acreditar na democracia e nas instituições, e 20% acreditam que o país "parece cada vez mais uma ditadura em vez de uma democracia" e que "o governo e os partidos estão enganando o povo".

Isso sem mencionar um dos pontos mais polêmicos da pesquisa: 16,5% das pessoas acusam os judeus de querer "tirar vantagem" do passado nazista, — mesmo que mais de 6 milhões de judeus tenham morrido durante o Holocausto — além de outras alegações antissemitas, e acreditam que refugiados vão ao país apenas para explorar o sistema de bem-estar social.

Por fim, a pesquisa também apresenta dados que evidenciam aumento na intolerância, difamação e preconceito: 17% consideram que a identidade de pessoas trans seja "desprezível", e 11% dizem que as mulheres deveriam "refletir mais uma vez sobre seus papéis como esposas e mães."