Vidros blindados devem servir como medida de segurança extra em casos semelhantes aos atos golpistas de 8 de janeiro
Redação Publicado em 21/09/2023, às 11h35
O Palácio do Planalto, local de trabalho da Presidência do Brasil que foi alvo de ataques golpistas no dia 8 de janeiro deste ano, deve ter seus vidros trocados por material blindado no próximo ano, 2024. A iniciativa ainda está em fase de avaliação, mas o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) já possui o aval para o projeto.
A medida, segundo o UOL, foi uma das sugestões do próprio GSI como medida de segurança extra após o choque dos atos golpistas de 8 de janeiro deste ano, que levaram à depredação e destruição parcial do prédio. Na época, a maioria dos vidros do térreo e do salão nobre foram destruídos por vândalos, para invadirem o local.
Agora, porém, ainda se faz necessária uma análise geral da estrutura para determinar a viabilidade da mudança, visto que vidro blindado e vidro comum possuem uma diferença bastante considerável de peso. Após isso, ainda será levantado o orçamento para o projeto, que deve ser divulgado logo nos primeiros meses de 2024, quando pode começar a ser realizado.
Atual ministro do GSI, o general Marcos Amaro — que assumiu o cargo no início de maio, após a saída de Gonçalves Dias, acusado de conivência com os ataques — vê a reforma como uma mudança simples, mas prática. Isso porque, como ele mesmo já disse em outras ocasiões, "cada vidro foi uma porta" para os golpistas em 8 de janeiro.
Da mesma forma que um ônibus ingressou com facilidade no Palácio do Planalto, em 30 de maio de 1989, por falta de uma barreira física para veículos (deficiência posteriormente sanada por meio do espelho d'água), também os vândalos de 8 de janeiro se aproveitaram da fragilidade dos vidros do piso térreo para invadirem o palácio. A instalação dos vidros reforçados com blindagem busca sanar essa fragilidade", disse ao UOL.
