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Notícias / Gaza

23 anos depois, palestino que viu o filho ser executado por Israel perde irmãos em novo conflito

Em 2000, Jamal al-Durrah ficou conhecido no mundo todo ao tentar salvar a vida de seu filho na Faixa de Gaza

Redação Publicado em 17/10/2023, às 16h26 - Atualizado em 18/10/2023, às 18h14

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Jamal al-Durrah ao lado do corpo de seus irmãos e de seu filho, respectivamente - Reprodução/Vídeo/Redes sociais/X/@Hanine09 e Reprodução/Vídeo/UOL
Jamal al-Durrah ao lado do corpo de seus irmãos e de seu filho, respectivamente - Reprodução/Vídeo/Redes sociais/X/@Hanine09 e Reprodução/Vídeo/UOL

Em 2000, o palestino Jamal al-Durrah assistiu à morte de seu filho de 12 anos após um ataque do Exército de Israel. Hoje, 23 anos depois, ele está de luto novamente pela perda de dois irmãos, em razão do atual conflito entre o grupo extremista Hamas e o estado judeu na Faixa de Gaza. 

Hanine Hassan, pesquisadora da Universidade de Columbia, que atua no departamento de Oriente Médio, publicou em seu perfil do X (antigo Twitter) uma gravação onde Durrah se despede de seus irmãos, que faleceram após bombardeios israelenses

No vídeo, é possível observar o palestino agachado ao lado dos corpos sem vida dos irmãos, que naquele momento estavam cobertos por lençóis brancos. “Que Deus torne isso fácil para vocês. Adeus”, diz Durrah em árabe.

Assassinato do filho

No dia 30 de setembro de 2000, Jamal al-Durrah ficou conhecido mundialmente ao tentar proteger a vida de seu filho de 12 anos, Muhammad al-Durrah. Naquele dia, pai e filho ficaram encurralados na linha de fogo da cidade de Netzarim, na Faixa de Gaza, que na ocasião era palco de protestos palestinos contra a ocupação militar israelense.

Apesar de seu esforço, que foi televisionado mundialmente, seu filho foi baleado e faleceu. Posteriormente, o menino Muhammad foi reconhecido como um mártir da Segunda Intifada, em um dos momentos mais emblemáticos do conflito entre israelenses e palestinos. 

Conforme repercutido pelo portal de notícias do UOL, Durrah chegou a lutar para que os assassinos de seu filho fossem penalizados, mas, até hoje, nada aconteceu.