Empresa já tinha tido sua falência pedida pela promotoria em 2022 devido a dívidas agravadas pela pandemia
Eduardo Lima, sob supervisão de Wallacy Ferrari Publicado em 13/02/2023, às 16h31
A empresa Pan Produtos Alimentícios, famosa por vender os polêmicos ‘cigarrinhos de chocolate’, pediu autofalência à Justiça. Isso quer dizer que a companhia reconhece a sua incapacidade de pagar as dívidas e de seguir em atividade. As informações são da coluna de Mônica Bergamo na Folha.
O pedido de falência foi protocolado na 1ª Região Administrativa Judiciária (RAJ) no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP). A empresa tinha pedido recuperação judicial em 2021 e teve sua falência pedida pelo Ministério Público três vezes. O prazo da recuperação judicial acabou há duas semanas, mas a empresa não conseguiu se reerguer e saldar suas dívidas.
A Pan tem, atualmente, 52 funcionários, e acumula dívidas de R$ 260 milhões. Agora, a única saída é a autofalência, que a Justiça precisa aceitar. A empresa pede que, depois da falência, ela ainda tenha um prazo de seis meses para liquidar todos os débitos com trabalhadores ativos e os "débitos pós-recuperação judicial".
A Pan era uma empresa de alimentos focada em chocolates e doces. Ela criou o primeiro chocolate diet ao leite do Brasil e também vendeu, por muitos anos, a bala Paulistinha, inspirada na Revolução Constitucionalista de 1932.
O produto mais famoso e polêmico da história da empresa foi o ‘cigarro’ de chocolate, que ficou marcado negativamente por incentivar crianças a imitar o hábito adulto, e danoso para a saúde, de fumar. Os ‘cigarrinhos’ começaram a ser vendidos em 1959 e tiveram sua produção interrompida na década de 1990.
