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Notícias / Pan

Conhecida pelos 'cigarrinhos de chocolate', promotoria pede a falência da Pan

A empresa pode entrar em falência por conta de altas dívidas na época da pandemia

Redação Publicado em 15/08/2022, às 13h19

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Propaganda da Pan - Reprodução/vídeo/Propagandas Históricas
Propaganda da Pan - Reprodução/vídeo/Propagandas Históricas

A empresa Pan (Produtos Alimentícios Nacionais), fundada em 1935 em São Caetano do Sul, São Paulo, famosa pelas vendas dos "cigarrinhos de chocolate", entra em perigo de decretar falência.

O famoso e polêmico produto da empresa ficou marcado por incentivar as crianças a imitarem o hábito de fumar dos adultos. Foi informado pela Justiça, por conta de uma acusação do Ministério Público, que a companhia decretasse falência diante de uma alta dívida.

Problemas com a pandemia

A pandemia do coronavírus em 2021 afetou todo mundo, inclusive a empresa que ficou com uma dívida em cerca de R$209 milhões. Logo em seguida, para amenizar o alto valor, a Pan solicitou um pedido de recuperação judicial, diante do medo de falir.

O processo de recuperação judicial funciona da seguinte forma: A justiça suspende as cobranças da empresa e acorda um prazo junto com eles para que um plano de ação de como pretende realizar o pagamento da dívida seja apresentado - o plano apresentado pela empresa precisa passar pela aprovação dos credores em assembleia.

Conforme repercutido pelo colunista Rogério Gentile, no UOL, o promotor Júlio Sérgio Abbud, solicitou a falência da empresa. Ele entende que por conta da grande dívida tributária, a empresa não possui condições financeiras de manter suas atividades. Rogério afirma que: "A empresa é contumaz devedora do Fisco e se mostra desidiosa (negligente) no pagamento dos débitos fiscais existentes".

A administradora responsável por acompanhar o processo de recuperação financeira da empresa informou que atualmente a Pan deve cerca de R$186,5 milhões em impostos.

Em sua defesa, a Pan enviou um documento à Justiça informando que uma perícia já aprovou a viabilidade da empresa. Também é dito que as acusações feitas pelo promotor de que são uma "devedora contumaz" não condiz com a realidade.

Além disso, a empresa disse que o termo usado é "pejorativo" e que ocorreu em "razão de dificuldades econômicas severas, que foram agravadas pela pandemia do coronavírus".

A empresa acabou perdendo uma das maiores fontes de lucro quando teve que paralisar suas atividades em 2020, um mês antes da Páscoa. "O que seria a melhor época do ano para o setor virou um pesadelo para o ramo chocolateiro", afirmou à Justiça.

A Pan informou à Justiça que está negociando parcelamentos e ofertando alguns de seus bens como garantia para regularizar seus débitos tributários. Segundo a Procuradoria-Geral do estado de São Paulo, eles informaram a justiça que a empresa "Falta com a verdade", e que os débitos da Pan seguem em aberto.

O pedido para decretar falência ainda não foi analisado pela Justiça. O juiz Marcello Perino, alongou o período de suspensão de cobranças, e decretou um novo prazo para que a empresa apresente um novo plano de pagamento aos credores.


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