Busca
Facebook Aventuras na HistóriaTwitter Aventuras na HistóriaInstagram Aventuras na HistóriaYoutube Aventuras na HistóriaTiktok Aventuras na HistóriaSpotify Aventuras na História
Notícias / Religião

Papa Francisco rejeita demissão do arcebispo Reinhard Marx

Apesar de reconhecer que "toda a Igreja está em crise por causa dos abusos", o pontífice não aceitou o pedido do cardeal alemão

Pamela Malva Publicado em 10/06/2021, às 15h00

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Fotografias do arcebispo Reinhard Marx e do Papa Francisco - Getty Images
Fotografias do arcebispo Reinhard Marx e do Papa Francisco - Getty Images

Na última sexta-feira, 04, o arcebispo de Munique, Reinhard Marx, pediu demissão após criticar a "catástrofe dos abusos sexuais" na Igreja Católica. Nesta quinta-feira, 10, contudo, o Papa Francisco rejeitou o pedido do cardeal, segundo a BBC.

Toda a indignação de Reinhard Marx, que também é ex-presidente da Conferência Episcopal Alemã, foi externada pelo arcebispo dia 21 de maio, quando o mesmo enviou uma carta ao Papa, denunciando os recentes escândalos de abusos sexuais na Igreja.

Mesmo sem ser acusado por qualquer abuso, ou por acobertar o crime, o arcebispo afirmou: “É importante para mim compartilhar a responsabilidade pela catástrofe do abuso sexual por parte de funcionários da Igreja nas últimas décadas”.

Em carta divulgada pelo Vaticano, Francisco reconheceu a motivação do arcebispo, mas disse que não aceita sua demissão. “Esta é a minha resposta, querido irmão. Continue como sugere (no seu trabalho pastoral), mas como arcebispo de Munique”, escreveu o pontífice, que endureceu as regras da Igreja Católica contra os abusos, em junho.

Ainda no documento, o Papa compartilhou da ideia de Reinhard, afirmando que, de fato, "toda a Igreja está em crise por causa da questão dos abusos". Nesse sentido, para o pontífice, "a política de enterrar a cabeça na areia não leva a lugar nenhum".

Por fim, Francisco pontuou que “tomar consciência da hipocrisia no modo como vivemos a nossa fé é uma graça e um primeiro passo que devemos dar". "Temos que nos responsabilizar por esta história, tanto como indivíduos quanto como comunidade. Não podemos ficar indiferentes diante desse crime", finalizou o pontífice, ainda na carta.