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Notícias / Arqueologia

Pedra descoberta na Mongólia pode ser mais antiga arte fálica já encontrada

Artefato em formato peniano possui 42 mil anos e pode ter sido usado como pingente

Redação Publicado em 11/07/2023, às 09h15

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Pedra em formato fálico encontrada na Mongólia - Divulgação/Universidade de Bourdeux
Pedra em formato fálico encontrada na Mongólia - Divulgação/Universidade de Bourdeux

Em diversos lugares do mundo, achados arqueológicos são feitos quase todos os dias, estes que nos permitem conhecer sempre um pouco mais sobre o passado de determinada sociedade. Porém, uma descoberta de 2016 publicada recentemente na revista Nature Scientific Reports vem sendo razão para grande debate na comunidade científica.

Toda a polêmica em torno do achado se deve pelo fato de que, no estudo, o objeto — um pingente utilizado há 42 mil anos na Mongólia — é apontado como a possível representação fálicamais antiga já descoberta no mundo

Em uma análise em detalhe da antiga pedra, a equipe de pesquisadores descreve que ela apresenta, em sua superfície, dois sulcos, um que envolve o meio do objeto, e outro que percorre toda sua extensão. Suspeita-se que as linhas foram adicionadas pensando em deixar a pedra mais parecida a um pênis humano.

Além do formato, outro fator que chamou bastante atenção no achado foi uma diferença de brilho presente nos dois lados da pedra. Isso pode indicar, de acordo com os próprios pesquisadores, que o objeto teria sido desgastado devido a fricção contra algum material macio, possivelmente pele humana, sugerindo que ele seria originalmente um pingente usado no pescoço.

Símbolo fálico

De acordo com a Revista Galileu, um comunicado publicado pela Universidade de Bordeaux — uma das principais envolvidas na pesquisa —, na França, sugere que "o processo de codificação deste símbolo é baseado em convenções estilísticas conhecidas e compreendidas dentro dos grupos".

Por exemplo, é de conhecimento que a idade do artefato condiz com a época em que surgiram as primeiras representações figurativas da Europa, África e Sudeste Asiático, que começou há cerca de 50 mil anos. Nesse período, representações simplificadas eram o mais comum, em vez de cheias de detalhes, ou seja, características como as vistas no pingente eram bastante usadas, especialmente no caso justamente de representações fálicas.

Porém, a polêmica no que se refere ao objeto não acaba aí: enquanto alguns acreditam que ele possa, de fato, ser a mais antiga arte fálica já encontrada pela humanidade, outros arqueólogos argumentam que poderia servir somente como uma ferramenta cuja finalidade ainda é desconhecida. Outros mais céticos ainda sugerem que o sulco central só existiria para possibilitar a amarração de uma corda, para seu uso no pescoço como um pingente comum.

De qualquer forma, caso o objeto realmente seja aceito pela sociedade de arqueologia e pela comunidade histórica como se tratando da representação de um pênis, ele passará a ser considerado o achado do tipo mais anitigo já descoberto. O registro atual com esse título, por sua vez, é uma pedra encontrada na Alemanha esculpida há cerca de 28 mil anos, sendo assim bem mais nova que o símbolo da Mongólia.