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Notícias / Chacina

Perito diz que arma usada por atirador em chacina é ‘barata e perigosa’

No Mato Grosso, uma chacina aconteceu em um bar, resultando na morte de 7 pessoas

Isabelly de Lima, sob supervisão de Wallacy Ferrari Publicado em 25/02/2023, às 09h04

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Imagem do bar em que aconteceu a chacina - Reprodução / Câmeras de segurança
Imagem do bar em que aconteceu a chacina - Reprodução / Câmeras de segurança

No município de Sinop, no Mato Grosso, uma chacina aconteceu em um bar nessa semana, que resultou na morte de 7 pessoas, entre elas uma adolescente de 12 anos. A arma usada por um dos atiradores foi uma espingarda calibre 12 mm, que é considerada uma das armas mais baratas em circulação no Brasil.

Segundo Eduardo Llanos, perito forense e especialista em segurança, a arma é também a mais mortal, já que 99,9% das pessoas atingidas por esse tipo de arma acabam indo a óbito. Ele explica que a espingarda usada por um dos atirados possui venda permitida no país, com regulamentação do Exército.

O preço varia muito, indo desde R$ 1,2 mil, no caso da de cano curto e a partir R$ 3 mil no caso das de cano longo — como a que foi usada na chacina.

A espingarda calibre 12 é uma das armas mais acessíveis em termos de preço e também mais fortes em alvos de curto alcance, sendo extremamente perigosa, além de ser uma arma forte e mais pesada e de ação expansiva", disse Llanos.

Novos registros

De acordo com o Uol, Llanos lembrou que, desde que Jair Bolsonaroassumiu a presidência, em janeiro de 2019, até maio de 2022, mais de 1 milhão de novas armas particulares foram registradas no Brasil. A média fica entre 1.300 mil por dia, tudo isso graças aos decretos de flexibilização de armamento assinados pelo ex-presidente.

O especialista ainda afirma que o Brasil não é um país com capacidade política, econômica, estrutural e educacional para essa flexibilização. Ele relembra que entre 1993 e 2019, mais de 49 mil pessoas morreram devido a armas de fogo, sendo a maioria por homicídios, índice que engloba a chacina de Sinop.

A violência gerada por mais armas de fogo em um dos países que mais mata por armas de fogo no mundo, é fruto de um governo que armou cidadãos em sua maioria despreparados, sendo assim totalmente associável à tragédia ocorrida em Sinop".