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Notícias / Arqueologia

Pesquisa analisa verdadeiras origens de homem medieval

Com base no esqueleto do Homem de Blair Atholl, os cientistas definiram que ele não nasceu na Escócia, onde foi encontrado

Pedro Paulo Furlan, sob supervisão de Pamela Malva Publicado em 06/12/2021, às 19h00

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Foto do esqueleto do Homem de Blair Atholl - Divulgação/ Culture Perth & Kinross
Foto do esqueleto do Homem de Blair Atholl - Divulgação/ Culture Perth & Kinross

Em 1985, embaixo de uma casa na vila escocesa de Bridge of Tilt, foram encontrados os restos mortais de um homem medieval, que viveu entre 400 e 600 d.C.. Apelidado de “Homem de Blair Atholl”, o indivíduo, que supostamente faleceu aos 45 anos, rapidamente tornou-se um dos símbolos do passado histórico da região.

No entanto, uma nova pesquisa, que aplicou elementos químicos nos ossos do indivíduo, sugere que o Homem de Blair Atholl, na verdade, não nasceu na região, nem fazia parte do povo indígena que habitava o território onde, hoje, fica a vila Bridge of Tilt, os Picts.

Em conversa com a publicação LiveScience, uma das pesquisadoras principais do estudo, Kate Britton, da Universidade de Aberdeen, informou que os cientistas ainda não têm uma resposta certa sobre o local de onde o homem vem exatamente. No entanto, sabem que ele se mudou para aquela região.

O que podemos afirmar é que o Homem de Blair Atholl nasceu em uma área geográfica mais remota, que não era parte da terra dos Picts, no entanto, ele se mudou para esta região e foi enterrado de acordo com costumes funerários do povo Pict", afirmou.
Reconstrução facial do Homem de Blair Atholl / Crédito: Divulgação/ Christopher Rynn e Hayley Fisher

Segundo a pesquisa, o indivíduo vinha da costa oeste da Escócia, ou até de mais longe, por exemplo da Irlanda, especialmente contando com a alta quantidade de isótopos de enxofre nos ossos do Homem de Blair Atholl, o que tende a acontecer mais nas regiões costeiras, devido a seu ar e alimentação.

Os pesquisadores acreditam que tais informações são fundamentais para compreender a vivência na Escócia no primeiro século, inclusive as trocas entre culturas e povos, como contou outra participante do estudo, Orsolya Czére, da mesma universidade.

Não só isto nos ajuda a pintar um quadro melhor sobre um indivíduo que viveu e morreu mais de 1500 anos atrás, mas também nos dá informações diretas nas primeiras conexões entre culturas e comunidades em volta da Escócia no primeiro milênio", apontou.