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Notícias / Ayahuasca

Pesquisadores criam uma pílula de ayahuasca para tratar doenças mentais

Expectativa é que o medicamento feito do psicodélico seja regulado para o início dos testes clínicos em 2023

Redação Publicado em 06/12/2022, às 17h00

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Preparo do chá Ayahuasca - Reprodução/YouTube/CanalHistoryBrasil
Preparo do chá Ayahuasca - Reprodução/YouTube/CanalHistoryBrasil

Uma empresa canadense de medicamentos psicodélicos criou uma pílula de ayahuasca, o poderoso psicodélico, que, caso seja aprovado pela FDA, agência que regula medicamentos nos Estados Unidos, tem como objetivo tratar doenças mentais, como depressão e transtorno de estresse pós-traumático (TEPT), em cerca de dez anos. O início dos testes clínicos deve começar em 2023.

De acordo com uma entrevista ao jornal canadense Toronto Star, o CEO da Filament Health, Ben Lightburn, afirmou:

O desenvolvimento de medicamentos é longo e caro… no mínimo, um curso típico de desenvolvimento de medicamentos leva de cinco a sete anos, e estamos apenas nos estágios iniciais agora”.

A ayahuasca é um chá feito da mistura de plantas amazônicas que faz parte de um grupo de psicodélicos, drogas que alteram o nível de consciência, assim como o LSD e a psilocibina (ingrediente psicoativo de cogumelos mágicos). 

Atualmente, todos estão sendo apresentados como tratamentos alternativos para doenças mentais.

Estudos 

Um estudo realizado pela pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), publicado em 2019 no periódico britânico Psychological Medicine, mostrou que a ayahuasca é eficaz no tratamento do tipo de depressão mais severa, aquela que não responde aos medicamentos disponíveis atualmente.

Nesse estudo em particular, foi utilizado a forma tradicional da ayahuasca e não uma versão sintética, como a produzida pela empresa canadense. 

De acordo com as pesquisas, o composto dimetiltriptamina (DMT) presente em um das plantas do chá e também no LSD e no cogumelo, demonstrou capacidade de aumentar a conectividade entre diferentes redes cerebrais impedidas por depressão e trauma.

Do ponto de vista fisiológico, o DMT age contra a depressão ao se ligar aos neurônios, aumentando a disponibilidade de serotonina. Já o cipó contém substâncias que facilitam a ação da primeira, mantendo a serotonina por mais tempo em circulação no organismo.