O júri de Manhattan foi instruído a não se reunir nesta quarta-feira, 22
Redação Publicado em 22/03/2023, às 19h46
Um possível indiciamento do pré-candidato do Partido Republicano à presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, foi adiado. O júri de Manhattan, que investiga a atuação do ex-presidente em esquema de pagamento clandestino a uma atriz pornô foi instruído a não se reunir nesta quarta-feira, 22.
Na noite de terça-feira, 21, os funcionários do tribunal foram notificados sobre a mudança de planos pelo escritório do promotor distrital que está cuidando do caso. O motivo da mudança não ficou claro. Segundo pessoas ligadas ao tema, o júri de Manhattan foi instruído a não se reunir e pode ser convocado para que a reunião ocorra na quinta-feira, 23.
Como repercutido pelo portal Valor, uma porta-voz do procurador distrital de Manhattan, Alvin Bragg, disse que o gabinete não pode comentar sobre questões relacionadas ao júri, que ainda pode escolher ouvir mais testemunhas ou os promotores podem apresentar acusações formais, a etapa final antes do painel votar sobre o indiciamento.
Até que seja divulgada pelo juiz do caso, qualquer acusação não se tornaria pública. Como dito pelas autoridades policiais, elas não esperam pelo indiciamento nesta semana.
A suspeita existente é a de que Michael Cohen, que já foi advogado do político, tenha feito um pagamento de US$ 130 mil para uma ex-atriz pornô, Stormy Daniels, pouco antes da eleição de Trump.
Esse pagamento seria uma maneira de Stormy Danielsnão levar a público uma relação extraconjugal que teve com o empresário e ex-presidente dos Estados Unidos. Trump acusou o democrataBagg de prejudicar sua campanha e nega o pagamento e a relação com Daniels.
O foco da investigação, no entanto, não é o pagamento realizado à mulher e sim a suspeita de reembolso feito através da Organização Trump para o ex-advogado, além da suposta falsificação de registro comercial, que, pela lei, é determinada como crime. Michael Cohen, atualmente, está preso por evasão fiscal.
Caso sejam confirmados os pagamentos irregulares, Donald Trump pode se tornar o primeiro ex-presidente norte-americano a responder por um processo criminal. Ainda no foco de mais polêmicas, Trump é investigado por tentar reverter sua derrota nas eleições ocorridas em 2020.
Não se sabe até o momento, no entanto, se ele é investigado diretamente. A modificação dos documentos do governo, encontrados na residência de Trump em Mar-a-Lago, é investigada pelo Departamento de Justiça dos EUA.
