Busca
Facebook Aventuras na HistóriaTwitter Aventuras na HistóriaInstagram Aventuras na HistóriaYoutube Aventuras na HistóriaTiktok Aventuras na HistóriaSpotify Aventuras na História
Notícias / Cultura

Primeiro-ministro britânico não concorda com alterações em obras de Road Dahl

Obras como 'A Fantástica Fábrica de Chocolates' e 'Matilda', de Road Dahl, terão trechos ofensivos alterados

Redação Publicado em 22/02/2023, às 14h00

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Cena dos filmes 'A fantástica fábrica de chocolates' e 'Matilda' - Divulgação
Cena dos filmes 'A fantástica fábrica de chocolates' e 'Matilda' - Divulgação

Rishi Sunak, atual primeiro-ministro britânico, expressou sua visão a respeito das alterações de trechos ofensivos registros em famosas obras de Roald Dahl, autor de clássicos como "Matilda" e "A fantástica fábrica de chocolate".

Um porta-voz de Rishi, segundo repercutido pelo O Globo, revelou que o primeiro-ministro não concorda com as alterações que serão feitas nas obras de Roald.

"No que se refere à nossa rica e diversa herança literária, o primeiro-ministro concorda com o Bom Gigante Amigo que não devemos fazer 'gobblefunk' (idioma criado pelo autor e presente em algumas de suas obras) com as palavras", disse. "É importante que obras literárias e de ficção sejam preservadas e não retocadas. Sempre defendemos o direito à liberdade de expressão".

A Puffin, selo da editora Penguin, anunciou que trechos, - hoje debatidos por serem ofensivos -, de famosas obras de Roald serão alterados. Alguns parágrafos fazem referência a temas como peso, violência, gênero, saúde mental e raça. 

Em 'A fantástica fábrica de chocolates', os Oompa Loompas agora serão tratados com termos de gênero neutro. Também na obra, os funcionários de Willy Wonka que eram chamados de "homens pequenos" agora são "pessoas pequenas".

Debate

O escritor Salman Rushdie, esfaqueado no último ano, criticou a alteração nos livros. "Roald Dahl não era nenhum anjo, mas a censura é absurda. Puffin Books e os herdeiros de Dahl deveriam sentir vergonha", escreveu ele através do Twitter. 

Outro nome que se manifestou é Suzanne Nossel, que faz parte da PEN America, instituição que visa a 'liberdade de expressão': "Aqueles que comemoram alterações específicas na obra de Dahl deveriam considerar como o poder de reescrever livros pode ser usado nas mãos daqueles que não compartilham seus valores e sensibilidades".