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Notícias / Arqueologia

Raro tumor com dentes é encontrado em sepultura egípcia de 3 mil anos

Tumor com dentes foi encontrado em restos mortais de antiga mulher egípcia, sendo o teratoma mais antigo conhecido

Redação Publicado em 07/11/2023, às 09h14

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Imagens do teratoma de 3 mil anos encontrado em mulher egípcia - Divulgação/Amarna/Projeto A. Deblauwe / Divulgação/Amarna/Projeto M. Wetzel
Imagens do teratoma de 3 mil anos encontrado em mulher egípcia - Divulgação/Amarna/Projeto A. Deblauwe / Divulgação/Amarna/Projeto M. Wetzel

Em meio a escavações em um cemitério do período do Novo Reino em Amarna, no Egito, arqueólogos realizaram um achado bastante inusitado: junto aos restos mortais de uma mulher que morreu há cerca de 3 mil anos, havia um tumor ovariano raro conhecido como teratoma, caracterizado pela presença e desenvolvimento de massa óssea ou até mesmo cabelo. Este, por sua vez, é o mais antigo exemplo de teratoma já conhecido na história.

De acordo com a Cleveland Clinic, um teratoma pode ser benigno ou maligno, e pode causar sintomas como dor e inchaço e, em casos mais graves, até mesmo infecção. O tumor raro encontrado apresentava dois dentes. Vale dizer ainda que, atualmente, o tratamento típico para tal condição é a retirada da massa.

Antes do teratoma recém-descoberto, segundo a Live Science, somente outros quatro já foram achados, sendo três na Europa e um no Peru. Amarna, a cidade onde o achado foi feito, serviu como centro da adoração do faraó Akhenaton ao deus sol Aton, e foi abandonada após sua morte, em 1.336 a.C.

O achado foi descrito e publicado no dia 30 de outubro no International Journal of Paleopathology, pela bioarqueóloga da Southern Illinois University Carbondale, Gretchen Dabbs, e outros colegas envolvidos.

Teratoma descoberto recentemente em Amarna, no Egito
Teratoma descoberto recentemente em Amarna, no Egito / Crédito: Divulgação/Amarna/Projeto A. Deblauwe

A descoberta

Conforme relatado no estudo, o esqueleto com o teratoma pertenceu a uma muher egípcia que morreu com idade entre 18 e 21 anos, encontrada enrolada em uma esteira de fibra vegetal. Junto dela, outros bens funerários foram encontrados, como um anel decorado com a figura da divindade Bes, frequentemente associada ao parto, fertilidade e proteção. Ainda assim, o que mais chamou a atenção foi a pequena massa óssea na região pélvica do esqueleto.

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O anel de Bes, por sua vez, pode sugerir que o teratoma era sintomático na mulher egípcia, visto que o objeto "mágico-médico" foi colocado em sua mão esquerda, esta dobrada no colo, acima do tumor. Provavelmente isso significa que ela "estava tentando invocar Bes para protegê-la da dor ou de outros sintomas, ou para ajudá-la em suas tentativas de conceber e dar à luz um filho", apontam os pesquisadores.