A polícia de São Francisco, nos Estados Unidos, aprovou o uso de robôs letais em operações
Redação Publicado em 22/12/2022, às 18h12
Parece "coisa de filme", mas robôs com a capacidade de matar humanos já é algo real; em 29 de novembro, o uso de robôs com o poder de matar, em operações da polícia, foi aprovado pelo Conselho de Supervisores da cidade de São Francisco, nos Estados Unidos.
De acordo com a medida, os robôs equipados com explosivos podem ser usados pela polícia em situações extremas, como informado em 1º de dezembro pelo g1. Entre especialistas, a decisão diverge de opiniões.
Para Catherine Connolly, do grupo ativista Stop Killer Robots, a escolha representa um "terreno escorregadio" que pode distanciar humanos das mortes. Os opositores da medida afirmam que ela pode levar a uma maior militarização da força policial, já os favoráveis dizem que ela só seria usada em situações extremas.
Connolly também disse, como informado pelo g1, que para ela, essa aprovação pode "deixar os humanos cada vez mais distantes do uso da força e das consequências do uso da força". Ela também afirmou que a decisão pode tornar "mais fácil tomar decisões para usar força letal".
A medida foi aprovada com uma emenda que especifica que os policiais só poderão usar robôs com força letal depois de empregar táticas alternativas de apaziguamento. Além de que, apenas um número limitado de oficiais de alto escalão poderia autorizar o uso dos robôs.
Robôs letais do tipo já estão em uso em outras partes dos Estados Unidos, e como informado por um porta-voz da polícia à BBC News, equipados com carga explosiva eles podem "romper estruturas fortificadas contendo pessoas violentas, armadas ou perigosas".
Esses robôs também poderiam ser usados para "incapacitar ou desorientar suspeitos violentos, armados ou perigosos que representam risco de morte", de acordo com ele.
Vale ressaltar que a estratégia já foi usada outras vezes, como foi o caso de um robô armado com explosivo C-4, que já foi utilizado pela polícia de Dallas, no Texas, em 2016, a fim de matar um atirador que havia assassinado dois policiais e ferido vários outros.
