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Notícias / Arqueologia

Sementes milenares mencionadas na Bíblia são achadas em deserto em Israel

As 16 sementes de uva foram encontrados no sítio arqueológico de Avdat, em Israel

Éric Moreira sob supervisão de Giovanna Gomes Publicado em 15/05/2023, às 08h54

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Sementes de uva encontradas em Israel - Divulgação/Universidade de Haifa/Guy Bar-Oz
Sementes de uva encontradas em Israel - Divulgação/Universidade de Haifa/Guy Bar-Oz

Durante escavações realizadas no sítio arqueológico de Avdat, localizado no deserto do Neguev, em Israel, arqueólogos fizeram mais uma descoberta que pode se relacionas com trecho citado na Bíblia. No local, encontraram o que foi descrito como sendo sementes de uva, que poderiam ter sido usadas durante o episódio da benção de Jacó ao seu filho, Judá.

Os resultados da pesquisa foram divulgados em comunicado no último dia 4 de maio. O estudo, por sua vez, foi desenvolvido pelo laboratório paleogenético do Museu Steinhardt de História Natural da Universidade de Tel Aviv e pela Universidade de Haifa.

Sementes descobertas em Israel
Sementes descobertas em Israel / Crédito: Divulgação/Universidade de Haifa/Guy Bar-Oz

O achado

Segundo a Revista Galileu, as 16 sementes de uva foram encontrados em uma antiga cidade nabatéria em ruínas, podendo ser indicadas datarem de aproximadamente 900 a.C., sendo elas variedades existentes até hoje.

Uma delas era uma variedade da espécie Syriki, utilizada hoje para fazer vinho tinto de alta qualidade. A menção da Bíblia em que essas sementes podem ter impactado se dá em Gênesis 49:11, durante a benção de Jacó ao filho:

Ele amarrará seu jumento a uma videira, seu jumentinho ao ramo mais escolhido; ele lavará suas vestes no vinho, suas vestes no sangue das uvas."

Além disso, outra passagem em Números 13:23 descreve um gigantesco cacho de uvas enviado por Moisés: "Quando chegaram ao Vale de Eshkol (identificado por alguns como Nahal Sorek), eles cortaram um galho com um único cacho de uvas. Dois deles o carregavam numa vara entre si."

Segundo o professor Guy Bar-Oz, da Universidade de Haifa e líder da pesquisa, as escavações na região nos últimos anos revelaram "uma florescente indústria vinícola dos períodos bizantino e árabe inicial (por volta do quarto ao nono séculos d.C.)". 

Além disso, ele também pontua que possivelmente foi esta mesma indústria que declinou após a conquista muçulmana, visto que o islã não aprova o consumode vinho. "O cultivo de uvas para vinho no Neguev foi renovado apenas nos tempos modernos, no estado de Israel, principalmente desde os anos 1980. Essa indústria, no entanto, depende principalmente de variedades de uva importadas da Europa", explica.