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Notícias / Quadro

Senado volta a expor obra de arte vandalizada durante atos golpistas em Brasília

Tela foi encontrada separada da moldura e estava cheia de cacos de vidro, molhada e arranhada

por Giovanna Gomes

ggomes@caras.com.br

Publicado em 31/01/2023, às 11h16

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Quadro "Trigal na Serra", de Guido Mondin, foi restaurado - Divulgação / Agência Senado
Quadro "Trigal na Serra", de Guido Mondin, foi restaurado - Divulgação / Agência Senado

O Senado Federal voltou a expor ontem, segunda-feira, 30, o quadro "Trigal na Serra", de Guido Mondin, o qual foi depredado durante a invasão ao Congresso Nacional ocorrida em 8 de janeiro. A pintura é a primeira entre 14 obras danificadas a voltar a ser exposta na Sala de Recepção da Presidência do Senado.

De acordo com o portal de notícias G1, o quadro de Mondin data de 1967. Ele foi feito em acrílico sobre eucatex e mede 92 por 112 centímetros. Conforme informações do Senado, a tela, encontrada no chão logo após os ataques, estava separada da moldura, molhada e arranhada.

"Fragmentos de vidros quebrados durante a invasão e outros estilhaços provocaram arranhões e perda de policromia (várias cores). A obra estava encharcada e empenada pela umidade, depois que os vândalos acionaram mangueiras e hidrantes de combate a incêndio", informa a Casa.

O que diz restaurador

À Agência Senado, o conservador do Laboratório de Restauração do Senado, Nonato Nascimento, explicou como se deu o processo de recuperação da obra, por ele realizado. Segundo o profissional, a primeira etapa para a restauração foi a retirada dos fragmentos de vidro presentes na tela com uma trincha macia.

"Como ele ficou muito encharcado, no dia seguinte já tinha muito fungo. Borrifei uma mistura de álcool e água no fundo da tela, onde estava a maior parte dos fungos. Removi os esporos com um aspirador e uma escova macia. Coloquei a tela entre papéis mata-borrão para retirar a umidade e, depois, em uma prensa para planificar. Fiz a reintegração cromática nos locais onde houve danos e perda de policromia", disse Nonato.

Ele também revelou à fonte o que sentiu ao ver a obra de arte finalmente restaurada: "Quando percebi o estado em que ela estava, foi chocante. É de arrepiar. Mas, quando terminei o trabalho de restauração, foi uma alegria no laboratório. Ela ficou linda de novo, está perfeita", declarou.