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Notícias / Stonehenge

Stonehenge pode ter ligações com raro evento lunar que acontecerá em 2025

Monumento monolítico pode ter ligação com raro evento lunar que acontece uma vez a cada 18,6 anos; saiba mais!

Fabio Previdelli

por Fabio Previdelli

fprevidelli_colab@caras.com.br

Publicado em 15/04/2024, às 13h31

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Imagem ilustrativa - Pixabay
Imagem ilustrativa - Pixabay

Durante os solstícios de verão e inverno, o nascer e o pôr-do-sol se tornaram eventos de grande fascínio e devoção religiosa em Stonehenge. Mas os significados do marco histórico ainda são alvo de muita curiosidade e, agora, foi lançado um projeto para investigar suas ligações menos compreendidas com a Lua em um raro evento lunar

+ Stonehenge: Teoria fascinante pode ajudar a explicar função do monumento neolítico

Afinal, a chamada 'grande paralisação lunar' ocorre uma vez a cada 18,6 anos. O nome é dado quando o nascer e o pôr da lua atingem seus respectivos pontos mais distantes ao longo do horizonte. O evento acontecerá novamente em janeiro de 2025. 

A ocasião proporcionará aos arqueólogos, astrônomos e arqueoastrônomos uma rara oportunidade de explorar as teorias que cercam o evento e o antigo povo de Stonehenge

Isso porque, segundo o The Guardian, alguns especialistas acreditam que as pessoas que construíram o monumento estavam cientes da 'grande paralisação lunar' e podem ter enterrado os seus mortos numa parte específica do local devido à sua relação com o fenômeno.

Além disso, é possível que quatro "pedras da estação" que formavam um retângulo no local — onde hoje permanecem de pé apenas duas delas — possam ter sido posicionadas para marcar a principal paralisação lunar.

Professor emérito de arqueoastronomia na Universidade de Leicester, Clive Ruggles explicou ao Guardian que o alinhamento do monumento ao sol no meio do verão e no meio do inverno significava que havia poucas dúvidas sobre sua importância para os construtores de Stonehenge. 

Mas o que temos menos certeza é se existe alguma conexão física entre o monumento e a Lua", disse ele.

Stonehenge 

Sabe-se que durante a fase inicial de Stonehenge, algo entre 3.000 e 2.500 anos a.C., as pessoas enterravam os restos cremados dos mortos e colocavam oferendas na vala e na margem do monumento, e nos chamados Aubrey Holes — as 56 covas dentro da vala que originalmente podia segurar os postes de madeira verticais.

Muitas dessas cremações, aliás, se concentravam no sudeste do monumento, se alinhando amplamente com a posição ascendente da lua mais ao sul. As pedras da estação, provavelmente, foram colocadas no lugar na mesma época que as grandes pedras de sarsen, pois vieram do mesmo local, West Woods, em Marlborough.

As pedras da estação alinham-se com as posições extremas da Lua, e os investigadores têm debatido durante anos se isso foi deliberado e, em caso afirmativo, como isso foi alcançado e qual poderia ter sido o seu propósito", aponta Ruggles.

O pesquisador ainda apontou que não seria nenhuma surpresa se os povos antigos prestassem atenção à lua. "As pessoas estão conscientes do ciclo de fases da Lua que remonta a dezenas de milhares de anos. O que penso que pode ter sido o caso em Stonehenge, e é isto que estamos interessados ​​em explorar, é que por volta da época de uma grande paralisação as pessoas notaram a Lua a nascer ou a pôr-se anormalmente ao norte, ou ao sul, perceberam que isto era algo especial, e passou a venerar e eventualmente a monumentalizar as orientações em questão. Você pode imaginar os mais velhos relembrando uma época em que viram a lua em uma direção sagrada e então, uma geração depois, a admiração das pessoas ao começarem a ver isso novamente".