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Notícias / Mundo

Talibã proíbe cabeleireiros de fazerem a barba de clientes em província afegã

De acordo com o grupo fundamentalista, a medida é contra a lei islâmica

Wallacy Ferrari, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 27/09/2021, às 10h50

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Imagem ilustrativa de homem fazendo a barba no cabeleireiro - Divulgação / Youtube / Daddy Barber
Imagem ilustrativa de homem fazendo a barba no cabeleireiro - Divulgação / Youtube / Daddy Barber

O Talibã instaurou um decreto na província de Helmand, no Afeganistão, proibindo que cabeleireiros da região aceitem serviços para aparar ou raspar barbas, afirmando que a intervenção violaria a sharia, lei islâmica, como informa o jornal O Globo. A informação foi passada através de avisos levados em estabelecimentos locais.

O texto do comunicado especificava a medida: "Informamos que a partir de hoje fazer a barba e tocar música em barbearias e banheiros públicos está estritamente proibido. Se forem descobertos, serão tratados de acordo com os princípios da Sharia e não terão o direito de fazer reclamações".

A decisão do Talibã remete as especificações impostas durante a tomada anterior de governo, entre os anos de 1996 e 2001, quando a interpretação do islã pelo grupo fundamentalista resultou em políticas duras sobre hábitos ocidentais.

Em agosto, quando a retomada do poder foi concretizada, o porta-voz da organização chegou a negar que tal tipo de conduta seria reavaliada, visando a manutenção dos progressos sociais obtidos durante a intervenção estadunidense no país.

Período de domínio

Durante 1996 e 2001, o Talibã governou o Afeganistão, antes de ser derrubado por uma campanha liderada pelos EUA após a cooperação do grupo nos ataques de 11 de setembro de 2001 — que derrubaram às Torres Gêmeas do World Trade Center e parte do Pentágono.

Durante este período, jovens foram proibidas de frequentar as escolas e as mulheres proibidas de andar em público sozinhas, apenas acompanhadas de homens e cobrindo o corpo inteiro.

Além disso, não podiam trabalhar, estudar ou serem tratadas por médicos do sexo oposto. Aquelas que se recusavam a seguir as ordens eram castigadas e executadas.