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Notícias / Resgate

Trilheira é resgatada em mata na Grande SP depois de três dias perdida

Cecília Nunes Siqueira, de 30 anos, foi resgatada na manhã da última terça-feira, 7

Éric Moreira sob supervisão de Giovanna Gomes Publicado em 09/03/2023, às 09h26

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Imagens do resgate de Cecília Nunes Siqueira - Reprodução/Vídeo/YouTube
Imagens do resgate de Cecília Nunes Siqueira - Reprodução/Vídeo/YouTube

Na última terça-feira, 7, a trilheira Cecília Nunes Siqueira, de 30 anos, foi resgatada pelo Corpo de Bombeiros em São Bernardo do Campo, depois de quase três dias perdida na mata. De acordo com o g1, a mulher teria ido praticar trilha com um amigo, até que se perdeu e não conseguiu mais encontrá-lo.

Também ao g1, ela contou ter combinado com um grupo de conhecidos que pratica trilha com ela de irem percorrer o trajeto no Núcleo Itutinga-Pilões, na cachoeira do Marcolino. Porém, no domingo, 5, dia combinado de realizarem a rota de 1h30min, somente um deles compareceu, mas ainda assim partiram.

Durante a caminhada, o homem levava os pertences de Cecília para que ela carregasse menos peso, além de ter deixado ela com um colete salva-vidas, visto que não sabe nadar. Em dado momento, a mulher teria perdido os tênis, o que quase os levou a interromper a trilha, mas optaram por continuar.

Porém, Cecília conta que em outro ponto decidiu parar para fazer necessidades, e então teria pedido ao amigo ficar um pouco mais distante, para que tivesse mais privacidade. "Foi uma subidinha de boa e disse para ele ir na frente para dar um espaço. Fui rápido e, quando concluí, subi o morro e não o achei", narra.

O amigo, por sua vez, que é um policial militar, percebendo que Cecília não havia retornado depois de 20 minutos, foi procurá-la. Pouco antes das 13hrs, como não havia encontrado-a, contatou o Corpo de Bombeiros.

Sobrevivência

A trilheira também contou que não se deparou com nenhum animal nos dias em que esteve perdida na mata, embora tivesse precisado caminhar por quilômetros. Em dado momento, a fome chegou, mas não tinha nada que pudesse comer consigo. Para se hidratar, bebeu água da cachoeira das redondezas.

O intuito era que ele [o colega de trilha] ia fazer nosso café, levou lanche e tudo. A gente ia comer um pouco mais pra frente, e eu não tinha comido nada ainda. Eu tinha colocado as coisas na mochila dele por causa de peso", narra Cecília ao g1.

A trilheira ainda prossegue: "Respirei fundo e fui andando. À noite, dormi bem e fiquei longe da água por causa de animais. Arrumei um buraco no meio do morro para descansar. Choveu muito. Até achei que teria hipotermia, mas não tive". Além do mais, ela também disse que o colete salva-vidas foi útil, tendo salvado-a quando escorregou de uma pedra e caiu na água, tendo sido até mesmo levada pela correnteza; acidente que lhe deixou com uma ferida na cabeça.

Por fim, paralelamente à luta de Cecília para sobreviver na mata, os bombeiros realizavam buscas tanto por terra quanto de helicóptero na região: "Estava dormindo e ouvi as conversas. Eram os bombeiros. Eu gritei, e eles me acharam depois de cerca de meia hora. Achei até que era um sonho. Foi emocionante", lembra a trilheira.