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Notícias / Tumba etrusca

Tumba etrusca de 2,6 mil anos é aberta por arqueólogos na Itália

Saiba o que foi encontrado no interior da chamada 'Tumba 58', também conhecida como 'Túmulos das Mãos de Prata'

por Giovanna Gomes

ggomes@caras.com.br

Publicado em 07/11/2023, às 08h50 - Atualizado em 13/11/2023, às 17h08

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A Tumba 58, que foi aberta na Itália - Divulgação/Município de Montalto di Castro
A Tumba 58, que foi aberta na Itália - Divulgação/Município de Montalto di Castro

No dia 27 de outubro, o Parque Regional de Veio, localizado na Itália, anunciou uma nova descoberta arqueológica: a abertura de uma tumba etrusca inviolada na antiga cidade de Vulci, na necrópole da Osteria. Essa tumba é um achado de grande importância, composta por duas câmaras que remontam ao século 7 a.C.

De acordo com o comunicado emitido pelo Parque, a tumba permaneceu selada por séculos, e agora os arqueólogos estão ansiosos para explorar seu conteúdo. O local promete revelar muitos artefatos de cerâmica preciosos que serão meticulosamente escavados e recuperados.

Segundo informações do site Ancient Origins, a tumba foi desenterrada em abril, mas só em outubro os arqueólogos conseguiram acessá-la. A entrada, protegida por lajes de pedra, foi cuidadosamente removida, revelando um tesouro de artefatos, incluindo cerâmica, antigas ânforas usadas para transportar vinho, objetos ornamentais, utensílios de ferro, um caldeirão de bronze e até uma toalha de mesa usada em banquetes fúnebres.

Tumba 58

Conforme a revista Galileu, a tumba intocada é denominada "Tumba 58" e é popularmente conhecida como "Túmulos das Mãos de Prata".

Na primeira câmara, foram descobertas quatro ânforas etruscas usadas para armazenar vinho produzido localmente. A segunda câmara, que sofreu saques anteriores, ainda contém ânforas e cerâmica de regiões gregas orientais, como Jônia e Corinto, além de itens produzidos localmente.

A presença da toalha de mesa na tumba sugere que o local foi destinado a uma família de alta classe, e os artefatos dispostos indicam a prática do ritual etrusco da "última refeição" ou "refeição do morto".

Carlo Casi, diretor da Fundação Vulci, que esteve envolvida nas escavações, sugere que a tumba pode ter pertencido a uma mulher, com base na ausência de armas e na presença de um fuso usado para tecer.

É provável que essa mulher de alta classe tenha sido cremada, uma vez que supostamente suas cinzas foram encontradas em uma urna com tampa de bronze. No chão da tumba, um braseiro permanece intacto, contendo carvões e um espeto, indicando que este era usado para preparar carnes que acompanhavam a falecida em sua última refeição.

+ Confira aqui o comunicado oficial da descoberta.