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Notícias / Arqueologia

Urina humana e veneno: Pesquisadores revelam itens curiosos descobertos em museus dos EUA

A dupla de estudiosos examinou centenas de milhares de frascos abandonados nas coleções de museus norte-americanos

Ingredi Brunato Publicado em 15/11/2023, às 13h10

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Montagem mostrando propaganda de inseticida descoberto em um dos frascos, e fotografia de um outro contendo óleo de caçador - Divulgação/ The Portal to Texas History e Divulgação/ Arquivo Pessoal/ R. von Wandruszka
Montagem mostrando propaganda de inseticida descoberto em um dos frascos, e fotografia de um outro contendo óleo de caçador - Divulgação/ The Portal to Texas History e Divulgação/ Arquivo Pessoal/ R. von Wandruszka

Quinze anos atrás, o arqueólogoMark S. Warner e o químico Ray von Wandruszka decidiram embarcar em um curioso projeto em que pretendiam catalogar itens bizarros abandonados nos acervos de museus pelos Estados Unidos. 

A dupla de pesquisadores, que analisou mais de 600 mil artefatos neste meio tempo, decidiu divulgar suas curiosas descobertas em um estudo publicado no último mês de outubro na revista científica "Advances in A Archeological Practice", segundo repercutiu o Phys.org. 

Um de seus achados mais interessantes foi uma coleção de garrafas de vidro seladas encontradas em uma escavação no estado norte-americano de Idaho.

Esses recipientes possuíam uma grande variedade de conteúdos, como pomadas de cloreto mercuroso (um produto que era recomendado por diversos médicos antes de ser descoberto que mercúrio era tóxico para o organismo humano), alcatrão de madeira, um dente humano com uma obturação e ainda misteriosos potes vazios rotulados como "veneno". 

Em Washington, eles também encontraram inseticida para formigas fabricada pela Kellog's (empresa mais conhecida por seus produtos alimentícios) e uma garrafa de uísque contendo ureia, que é uma substância presente na urina humana. 

Preocupações de segurança  

Vale apontar que o projeto dos pesquisadores não teve somente o objetivo de saciar a sua curiosidade: com a iniciativa, eles buscaram conscientizar instituições a respeito da necessidade de testar os conteúdos enigmáticos de suas relíquias, uma vez que existe a possibilidade de muitos deles serem tóxicos ou nocivos à saúde de alguma forma. 

Uma ampola quebrada de fosforeto ou um frasco vazando urina de 100 anos pode acabar só levando a um trabalho de limpeza desagradável, mas também pode ser muito pior", apontaram os autores em seu estudo, expressando preocupação em relação aos objetos antigos abandonados sem monitoramento nos armazéns de museus norte-americanos. 

Ainda segundo o Phys.org, Warner e Wandruszka se colocaram à disposição de realizarem eles mesmos os testes nas substâncias ainda não rotuladas presentes em coleções arqueológicas através do país, efetivamente trabalhando de graça em nome da ciência.