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Notícias / Paleontologia

Urso 'pré-histórico' mumificado na Sibéria não é o que cientistas imaginaram

O urso, encontrado em 2020, teria vivido 22 mil anos atrás, mas sua verdadeira datação surpreendeu especialistas

Redação Publicado em 03/03/2023, às 12h18

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A cabeça do urso mumificado que confundiu cientistas - Dilvugação/Universidade Federal do Nordeste da Rússia
A cabeça do urso mumificado que confundiu cientistas - Dilvugação/Universidade Federal do Nordeste da Rússia

Um urso mumificado foi encontrado preservado perfeitamente no permafrost, o solo congelado, da Sibéria em 2020. Os cientistas que encontraram a carcaça imaginaram que o animal pertencia a uma espécie extinta que viva nas cavernas, o Ursus spelaeus, que foi extinto há 22 mil anos. Portanto, a múmia precisava ser, no mínimo, tão antiga quanto. Novas descobertas surpreenderam os pesquisadores ao mostrar que o urso é de outra espécie e viveu em outra época.

Pastores de renas que andavam pela região descobriram os restos do urso, que incluíam a pele, o pelo, os dentes, o nariz, as garras, a gordura corporal e os órgãos internos. O animal estava enterrado na ilha remota Bolshoy Lyakhovsky, localizada no leste do Mar Siberiano Oriental, em área russa.

Os especialistas que lideraram a escavação trabalham na Universidade Federal do Nordeste da Rússia. A espécie da qual eles primeiro desconfiaram, U. spelaeus, era um grande bicho, com parentesco próximo aos ursos-pardos.

Agora, eles descobriram que o animal era, na verdade, um urso-pardo que datava de 3.460 anos atrás. As informações sobre a descoberta são do LiveScience.

Análise científica

O urso foi analisado pelo time da Universidade Federal do Nordeste da Rússia, que realizou uma necrópsia completa no animal.

Perfeitamente preservado, o urso era uma fêmea de 1,6 metro de altura e 78 quilos, o que sugere que o animal fosse novo quando morreu, provavelmente entre os 2 e 3 anos de idade. Não está claro como ela faleceu, mas a múmia tinha diversas evidências de lesões na coluna que podem ter contribuído para a morte.

Até o conteúdo do estômago do animal pode ser identificado, mostrando que a ursa havia comido um misto de plantas sem identificação e pássaros, com penas que ainda continuavam dentro da barriga do mamífero.

Os pesquisadores pretendem estudar o cérebro do urso no futuro próximo, removido após abrirem seu crânio.