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Notícias / União Soviética

URSS tentou esconder a catástrofe de Chernobyl, dizem documentos

Revelados pelo Serviço de Segurança da Ucrânia, os relatórios divulgados em 2021 mostram que autoridades soviéticas mantiveram a explosão da usina em segredo de propósito

Redação Publicado em 27/04/2021, às 14h00 - Atualizado em 26/04/2022, às 09h50

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Restos do Acidente Nuclear de Chernobyl de 1986 - Wikimedia Commons
Restos do Acidente Nuclear de Chernobyl de 1986 - Wikimedia Commons

Nos 35 anos da catástrofe de Chernobyl, em abril do ano passado, o Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU) revelou diversos documentos que comprovam que as autoridades da União Soviética tentaram esconder o incidente na época.

Segundo informações do RFI, o então líder da URSS Mikhail Gorbachev decidiu não citar a explosão da usina nuclear até o dia 14 de maio de 1986. O problema é que o episódio catastrófico aconteceu no dia 26 de abril daquele mesmo ano.

Ainda mais, os documentos revelados pela SBU mostraram que a usina de Chernobyl já registrava falhas em seu sistema entre os anos de 1982 e 1984. Ao contrário do esperado, contudo, as autoridades da URSS mantiveram tais danos em segredo.

Datado de 1983, inclusive, um relatório da KGB, o serviço de inteligência soviético, afirmou que as usinas de Chernobyl, Leningrado e Kursk eram “as mais perigosas em relação ao seu funcionamento, o que pode gerar consequências ameaçadoras”.

Sobre o desastre de Chernobyl 

Às 1h23min do dia 26 de abril de 1986, moradores de Kiev escutaram a estrondosa explosão do reator número 4 da usina de Chernobyl, que fica a 100 km da capital ucraniana. O episódio, ocorrido durante um teste de segurança, fez com que o combustível nuclear do reator queimasse durante 10 longos dias.

Em seguida, a radiação liberada pelo desastre na atmosfera — que equivale a de 400 vezes a da bomba de Hiroshima —, contaminou, segundo estimativas, até 75% da Europa. No total, territórios da União Soviética, da Ucrânia e de Belarus foram atingidos.

Atualmente, os resquícios das substâncias letais ainda pairam no ar, sendo que, na época, a radioatividade matou mais de 90 mil pessoas, se forem incluídas as mortes diretas ou indiretas do acidente. Além delas, outras 346 mil tiveram de se mudar, para que não fossem atingidas pelos gases danosos.