O papa Francisco foi razão de polêmica depois que a mídia italiana divulgou que ele disse que alguns seminários católicos lidam com "excesso de bichas"
Nesta semana, a mídia italiana e internacional chamou atenção para uma fala infeliz proferida pelo papa Francisco recentemente. Isso porque o pontífice, hoje com 87 anos, teria utilizado-se da expressão "frociaggine" — um termo pejorativo para homens gays, que poderia ser entendido como "bicha" — para alegar que alguns seminários católicos lidam com um "excesso de bichas".
A informação teria sido repercutida por bispos em anonimato, que estiveram presentes na reunião em que a fala foi feita. Não surpreendentemente, desde ontem, 27, o papa vem sendo criticado por grupos LGBTQIAP+ e simpatizantes.
Após toda essa repercussão, o Vaticano veio a público e pediu desculpas em nome do papa por qualquer pessoa que tenha se sentido ofendida pelo uso do termo.
Em comunicado, divulgado pelo porta-voz do Vaticano, é dito que o papa "nunca pretendeu ofender ou expressar-se em termos homofóbicos e pede desculpas àqueles que se sentirem ofendidos pelo termo relatado por outros". Francisco, por sua vez, ainda não comentou o caso publicamente.
Segundo o The Guardian, a fala homofóbica do papa Francisco foi feita durante uma reunião de bispos, a Conferência Episcopal Italiana, no Vaticano, na última semana. Ele justificou a recusa da presença de homens gays nos seminários, pois eles poderiam tomar uma "vida dupla".
Desde a eleição do argentino como papa, em 2013, Francisco vem se consagrando como um dos líderes da Igreja Católica mais inclusivos e receptivos com os fiéis e pessoas LGBTQIAP+, defendendo inclusive que eles possam receber bênçãos.
Em contramão, ele ainda se posiciona contrário ao casamento entre pessoas do mesmo sexo e à presença de homens homossexuais nos seminários.
