Busca
Facebook Aventuras na HistóriaTwitter Aventuras na HistóriaInstagram Aventuras na HistóriaYoutube Aventuras na HistóriaTiktok Aventuras na HistóriaSpotify Aventuras na História
Notícias / Putin

Vencedora ucraniana de Nobel da Paz propõe tribunal especial de guerra

Oleksandra Matviichuk defende que é preciso mostrar que Putin e seu exército não sairão impunes

Ingredi Brunato Publicado em 28/02/2023, às 11h00

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Oleksandra Matviichuk durante entrevista televisionada - Divulgação/ Youtube/ BFMTV
Oleksandra Matviichuk durante entrevista televisionada - Divulgação/ Youtube/ BFMTV

Oleksandra Matviichuk, uma advogada e ativista ucraniana pelos direitos humanos que ganhou o Prêmio Nobel da Paz em 2022, defendeu em uma entrevista recente ao The Guardian a criação de um "tribunal especial" para julgamento dos crimes de guerra de Vladimir Putin e seu exército. 

De acordo com ela, isso serviria para enviar aos russos a mensagem de que eles não sairão impunes pelos atos de violência cometidos durante a invasão da Ucrânia — uma percepção que poderia ter o efeito de desestimular a realização de mais crimes. 

É importante estabelecer [esses mecanismos] agora porque, quando conversei com as vítimas, elas me disseram que seus perpetradores sempre se sentiram muito confiantes de que evitariam a responsabilidade. Eles desfrutaram da impunidade”, relatou Matviichuk.

Rapidez 

Ainda de acordo com o The Guardian, a ativista acredita que é preciso realizar esses julgamentos o quanto antes. Essa é uma atitude diferente da que tivemos no passado, por exemplo, em relação ao regime nazista, em que os oficiais alemães responsáveis só foram a tribunal após o encerramento da Segunda Guerra Mundial. 

Vale mencionar que o escritório de Andriy Kostin, procurador-geral da Ucrânia, estaria atualmente investigando cerca de 67 mil possíveis crimes de guerra. Para acelerar esse processo, Oleksandra Matviichuk apontou que outras nações deveriam ajudar nessas investigações, dada a importância que os julgamentos e condenações resultantes delas teriam para a população ucraniana traumatizada pelo conflito.