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Notícias / Vespa

Vespa encontrada em âmbar de 100 milhões de anos intriga cientistas

Com um par de antenas bastante diferenciadas, a vespa tem sido estudada por especialistas

por Giovanna Gomes

ggomes@caras.com.br

Publicado em 17/11/2023, às 09h51

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Vespa preservada em âmbar de 100 milhões de anos - Divulgação/George Poinar Jr.
Vespa preservada em âmbar de 100 milhões de anos - Divulgação/George Poinar Jr.

Cientistas especializados em fósseis identificaram um novo gênero e espécie de vespa minúscula, que apresenta uma enigmática estrutura bulbosa nas extremidades de suas antenas. Esta microvespa fêmea foi encontrada preservada em âmbar de 100 milhões de anos proveniente de Mianmar, e sua descrição foi publicada em agosto no periódico Life.

Classificadas como microvespas, esses insetos têm um comprimento corporal adulto inferior a 2 milímetros, sendo que a recente descoberta mede apenas 1,3 milímetros. Atualmente, existem milhares de espécies desses insetos parasitas, distribuídas por centenas de gêneros, com algumas desempenhando um papel útil no controle de pragas agrícolas, como a cochonilha.

A pesquisa foi liderada pelo entomologista George Poinar Jr., vinculado à Faculdade de Ciências da Universidade Estadual de Oregon, nos Estados Unidos. A vespa foi nomeada como Caradiophyodus saradae, sendo que o termo do gênero deriva das palavras gregas para cabeça (kara) e fenda (diaphyodus), enquanto o nome da espécie homenageia Sarada Krishnan, colega de Poinar.

De acordo com a revista Galileu, a característica mais intrigante do inseto são as estruturas em forma de "nuvens" nas antenas, motivo de especulação para Poinar e Fernando Vega, pesquisador independente baseado em Maryland, nos EUA.

Teorias

Embora tenham teorias sobre essas estruturas únicas, os pesquisadores não têm certeza do que realmente são. Poinar destaca que essas "nuvens" provavelmente causaram desconforto para o minúsculo parasita..

O pesquisador destaca ainda as características distintas da vespa, incluindo antenas compostas por 15 segmentos, uma fenda profunda no centro da cabeça e características específicas nas asas, ausentes em outros fósseis ou insetos existentes.

Como essas estruturas não foram identificadas em nenhum outro inseto, presente ou extinto, os cientistas especulam que podem ser pequenas sementes de plantas, secreções vegetais ou ovos de um hospedeiro parasitado pela vespa.

Além disso, Poinar sugere a possibilidade de parasitismo em cochonilhas, considerando a presença de um macho de cochonilha no mesmo pedaço de âmbar.

Há uma boa possibilidade de a microvespa estar parasitando uma cochonilha, já que há um cochonilha macho incrustado no mesmo pedaço de âmbar. Sejam quais forem, descobri-los é uma das coisas que torna o nosso trabalho tão interessante e desafiador”, aponta.