Mark Frerichs teria sido sequestrado por um dos braços do Talibã no início de 2020
Redação Publicado em 19/09/2022, às 14h19
Um funcionário de alto calão do governo dos Estados Unidos revelou nesta segunda-feira, 19, que Mark Frerichs, um veterano de guerra norte-americano que passou mais de dois anos como prisioneiro no Afeganistão, foi finalmente liberto.
O homem teria sido sequestrado em janeiro de 2020 pela Haqqani, uma facção de guerrilha que pertence ao Talibã, grupo fundamentalista islâmico que controla hoje o governo afegão.
Na época, Frerichs viajava ao país a trabalho, como parte de um contrato de construção. Conforme informações apuradas pela CNN, foram necessários meses de negociações realizadas por parte do governo Joe Biden até que ele pudesse recuperar sua liberdade.
Uma informação de relevância é que o militar foi trocado por prisioneiros que estavam sendo mantidos nos Estados Unidos, entre eles,Haji Bashir Noorzai, que é um influente membro do Talibã.
O homem, que foi preso por tráfico de drogas, já era mantido no sistema carcerário norte-americano há 17 anos. A clemência concedida a ele pelo Estado norte-americano foi uma "peça-chave" para que Mark Frerichs fosse solto, ainda segundo o funcionário entrevistado. A tomada dessa decisão, todavia, não foi fácil.
Consultamos especialistas de todo o governo dos EUA, que avaliaram que a (libertação) de Noorzai no Afeganistão não mudaria materialmente nenhum risco para os americanos provenientes do país ou a natureza do tráfico de drogas lá”, explicou a fonte a respeito do fato, ainda conforme a CNN.
A família do militar estadunidense, por sua vez, está comemorando o desdobramento. Até a publicação desta notícia, Frerichs já havia conseguido embarcar em um voo para fora do Afeganistão.
Estou tão feliz em saber que meu irmão está seguro e a caminho de casa para nós. Nossa família rezou por isso todos os dias dos mais de 31 meses em que ele foi refém. Nós nunca perdemos a esperança de que ele sobrevivesse e voltasse para casa em segurança para nós", relatou Charlene Cakora, a irmã do veterano.
