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Notícias / Ciência

Vírus bizarros que vivem em oceanos são descobertos por equipe de pesquisadores

A espécie de vírus foi descoberta durante estudo de dados da expedição Tara Ocean, que ocorreu entre 2009 e 2013

Isabelly de Lima, sob supervisão de Fabio Previdelli Publicado em 21/04/2023, às 13h08

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Imagem ilustrativa de conjunto de plânctons - Wikimedia Commons
Imagem ilustrativa de conjunto de plânctons - Wikimedia Commons

Uma equipe de pesquisadores da França, Japão, Alemanha e Dinamarca identificou um tipo novo de vírus que nunca foi visto antes. Ele foi descoberto quando os pesquisadores estavam investigando dados da expedição Tara Ocean, que coletou cerca de 35 mil amostras de água oceânica entre 2009 e 2013.

Apelidada de mirusvírus, a espécie prospera em regiões iluminadas pelo Sol, ainda infecta plânctons e pode ter respostas sobre a origem da herpes. Tais agentes foram descritos em um artigo publicado na revista científica Nature, em 19 de abril.

O estudo concluiu, com base nos genes apresentados em seu DNA de fita dupla, que os mirusvírus são pertencentes ao grupo Duplodnaviria, que inclui espécies como o vírus da herpes. Ademais, um número impressionante de material genético com um grupo de vírus do tipo Varidnaviria foi compartilhado.

Tom Delmont, um dos pesquisadores responsáveis pela descoberta, disse: “É por isso que os consideramos quiméricos, porque são uma mistura de dois grupos diferentes de vírus. Isso significa que há uma história evolutiva compartilhada entre a herpes, que infecta apenas animais, e os mirusvírus, que estão por toda parte nos oceanos [polares, temperados e tropicais], onde infectam organismos unicelulares”.

Avanço nos oceanos

De acordo com a Galileu, os cientistas apontam a possibilidade do mirusvírus ser responsável no auxílio da filtragem de carbono e na liberação de nutrientes pelos mares através da infecção dos plânctons. Assim, tais vírus ainda incomuns significam uma frente nova de pesquisa acerca da vida microbiana nos oceanos.

Hiroyuki Ogata, coautor do estudo, conclui: "Tentaremos isolar os mirusvírus no próximo ano. O isolamento agora é essencial para desvendar o mistério desse novo grupo viral”.