A rainha gostava da princesa Diana? O marido de Elizabeth era rei? O que você precisa saber antes da estreia da última temporada
Isabelly de Lima, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 04/11/2023, às 10h00 - Atualizado em 05/11/2023, às 12h58
A aguardada 6ª temporada da aclamada série 'The Crown' será lançada no próximo dia 16, levando os fãs de dramas históricos à espera do próximo capítulo na saga da realeza britânica.
A produção, conhecida por sua reconstituição dos eventos da vida da rainha Elizabeth II e sua família, promete mais momentos emocionantes e deslumbrantes, explorando as complexidades do reinado da monarca.
Embora detalhes específicos sobre a trama da última temporada tenham sido mantidos em segredo, a série já conquistou uma legião de fãs e críticos por sua qualidade cinematográfica e narrativa envolvente.
Entretanto, por ser baseado em coisas que aconteceram na realidade, é importante lembrar algumas curiosidades para entender todo o contexto da produção. Conversamos com Paulo Rezzutti, escritor e pesquisador, a respeito de curiosidades sobre a monarquia britânica. Confira abaixo!
Uma curiosidade a respeito da família real durante muitos anos foi o título de Philip, o marido da rainhaElizabeth II. Embora casado com a rainha, ele era chamado de Duque de Edimburgo. Afinal, o que explicaria isso?
O pesquisador Paulo Rezzutti conversou com o site Aventuras na História e contou que, diferente de outros países, não existe rei consorte na Inglaterra.
“A monarca anterior a Elizabeth II a assumir o trono, a rainha Vitória, era casada com o príncipe Alberto, e ele também não recebeu o título de rei. Cada monarquia tinha as próprias regras. Na monarquia portuguesa, por exemplo, o marido de uma rainha passava a ter direito ao título de rei assim que desse um herdeiro para o trono de Portugal”.
Ele ainda afirmou que isso não é muito comum nos países que ainda possuem monarquia, entretanto, é necessário enfatizar que cada país possui suas próprias regras.
Um item exibido na 5ª temporada da produção, que poucos sabiam que eram de grande apreço da monarca, é o navio Britannia, utilizado pela família real de 1953 a 1997.
Na série, é mostrado que a embarcação era grandiosa, e que servia para a rainha como uma forma de “relembrar” aquilo que a monarquia já fora um dia: grande e imponente, como o navio.
Entretanto, a produção não exibe o que teria acontecido com o Britannia depois que deixou de pertencer à rainha, o que a deixou chateada.
Atualmente o navio está ancorado em Edimburgo, capital da Escócia, e virou um museu. O local pode ser visitado diariamente das 10h às 15h30. Como curiosidade, todos os relógios a bordo marcam 15h01, o horário que a rainha desembarcou pela última vez, relembra Rezzutti.
Uma figura que ainda fascina diferentes gerações é a princesa Diana. Na série isso não foi diferente, principalmente pela semelhança das atrizes com a figura real. Todos conhecem Diana Spencer após o casamento com o então príncipe Charles, sabendo pouco de seu passado, antes de vivenciar a vida tumultuada na realeza.
Paulo relata que a princesa já tinha uma vida privilegiada antes mesmo de se casar. “Ela era de uma família da aristocracia britânica, descendente de dois reis da dinastia Stuart. Sua avó era uma das damas de companhia da rainha mãe Elizabeth”.
Por outro lado, a infância da jovem não foi a das mais felizes. Diana vivenciou problemas parentais, já que os pais se separaram quando ela ainda era criança.
Diana foi educada primeiro em casa com professores particulares, depois em um instituto exclusivo para meninas e, por fim, em uma academia na Suíça. Ela se transferiu para Londres, para um apartamento da família, onde tentou por algum tempo viver uma vida mais simples dando aulas e fazendo faxina. Mas, isso não durou muito devido a sua aproximação com a família real. Em 1981 ficou noiva do príncipe Charles”.
Há quem sonhe com o famoso conto de fadas, que de certa forma aconteceu com Diana no momento em que ela casou com o príncipe Charles. Mas toda aquela felicidade acabou se tornando um fracasso emocional para ambos.
Segundo Rezzutti, a nobre foi uma jovem romântica que acreditava no amor e confiava que Charles a amava. Diana não estava preparada para um casamento de fachada onde o marido sempre esteve, desde a adolescência, apaixonado por outra mulher.
“O casamento começou a se deteriorar principalmente após o nascimento do segundo filho do casal, o príncipe Harry, em 1984. Após traições mútuas e diversos escândalos públicos revelados pelos tabloides, eles se separaram em 1992 e assinaram o divórcio quatro anos depois, em 1996”.
Em relacionamentos, é comum que as relações familiares interfiram na vida de um casal e podem se tornar um grande problema para os envolvidos. No entanto, quando a sua sogra é a rainha da Inglaterra, os conflitos são um pouco mais difíceis de lidar.
"A rainha tentou dar o apoio de que Diana precisava, mas não estava preparada para lidar com alguém de fora da realeza que, diferente dela, colocava os sentimentos pessoais acima dos seus deveres. Apesar de Diana se apresentar publicamente sem demonstrar os problemas de seu casamento, em particular ela desmoronava e desabafava com a rainha, que não tinha muita ideia de como lidar com aquilo", comenta o pesquisador.
Paulo ainda reflete sobre um possível ponto de ruptura entre ambas: “Se houve realmente um ponto de ruptura entre elas foi durante o processo de divórcio de Charles e Diana, com a publicação do livro ‘Diana, Sua Verdadeira História’, onde a família real passou a ser vista de maneira não muito cortês, enquanto Diana era blindada”.
A primeira parte da última temporada de ‘The Crown’ estreia em 16 de novembro. Confira o trailer:
