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Matérias / Entrevista

Ator que viveu Daniel Cravinhos revela bastidores e diz que recebeu ‘sinal’

Leonardo Bittencourt conversou com o Aventuras na História e contou como foi viver a atmosfera de um dos crimes mais brutais do país

Isabelly de Lima, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 11/11/2023, às 09h00 - Atualizado em 13/11/2023, às 09h23

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Leonardo Bittencourt como Daniel Cravinhos e o próprio Daniel na vida real - Divulgação / Amazon Prime Video e Reprodução / Vídeo
Leonardo Bittencourt como Daniel Cravinhos e o próprio Daniel na vida real - Divulgação / Amazon Prime Video e Reprodução / Vídeo

O talentoso ator Leonardo Bittencourt chamou atenção do público com sua interpretação visceral do personagemDaniel Cravinhos nos filmes do Prime Video: 'A Menina que Matou os Pais', 'O Menino que Matou Meus Pais' e agora 'A Menina que Matou os Pais - A Confissão'.

Com uma atuação que mergulha nas camadas complexas deste papel desafiador, Bittencourt tem se destacado como uma peça fundamental no sucesso dessas produções.

O ator iniciou sua carreira na atuação desde cedo, participando de peças teatrais e desenvolvendo suas habilidades. Sua jornada o levou a explorar diferentes aspectos do mundo artístico, no entanto, foi com seu papel como Daniel Cravinhos que ele capturou realmente a atenção do público.

Leonardo Bittencourt e Carla Diaz como Daniel e Suzane - Crédito: Divulgação / Amazon Prime Brasil

Os filmes do caso Richthofen oferecem uma dramatização intensa e envolvente do famoso crime que chocou o Brasil. O enredo se concentra nos eventos reais envolvendo o assassinato dos pais de Suzane von Richthofen, Marisia e Manfred, ocorrido em 2002.

O ator conversou com o Aventuras na História e revelou detalhes do processo de criação do personagem na trilogia ‘A Menina que Matou os Pais’, além de curiosidades por trás da preparação. Veja a entrevista:

Construção e inspiração

Para viver Daniel Cravinhos, um dos assassinos de Marisia e Manfred von Richthofen, o ator disse que levou um longo processo: "Eu acho que a construção de um personagem, por si só já é desafiadora, mas quando se trata de uma história real como essa, a gente tem que ser ainda mais responsável com os fatos".

Ele relembra que todo o roteiro foi baseado nos autos do processo e que durante a produção do filme, teve a presença da criminóloga Ilana Casoy, roteirista dos filmes e esteve presente na investigação e na reconstituição do crime há 20 anos.

Os personagens Daniel Cravinhos e Suzane von Richthofen em filme - Crédito: Divulgação / Amazon Prime Brasil

“Contamos com um respaldo muito grande dessas informações, e a partir delas que comecei a montar esse personagem, que apesar de estar no imaginário das pessoas, os irmãos Cravinhos, não era de tanto conhecimento sobre o que aconteceu antes do crime. Então, eu tinha essa responsabilidade de passar e contar essa história”.

"Sem nenhum tipo de julgamento pessoal, eu tinha que separar qualquer juízo de valor meu para contar essa história, e nos dois primeiros, todo mundo acompanhou pessoas completamente diferentes, que, como ator, para mim é um grande prazer poder mostrar essa versatilidade, porque, de fato, apesar de ser uma história muito impactante, muito forte, como ator é realmente um privilégio você mostrar duas facetas tão diferentes em um só espaço”.

'Sinal' pelo papel

Leonardo revelou também que se mudou para São Paulo para poder pegar um “trejeito” mais paulistano, a fim de ficar cada vez mais parecido com o jeito original de Daniel. “Eu me dediquei muito em relação à prosódia, ao sotaque de São Paulo, então eu morei, na época dos primeiros filmes, três meses com o Alan, inclusive, numa casa em São Paulo, sem voltar para o Rio para pegar todo o sotaque. Escutava muito rap, uma ambientação que me levava à concentração. E, bom, no mais, ser fiel aos autos do processo, que era mais do que necessário para a gente construir esse personagem”.

O jovem conta que quando recebeu o convite para fazer a audição, acabou mandando o vídeo de teste de forma rápida, enquanto ainda gravava a série ‘Segunda Chamada’, também em São Paulo.

Eu estava hospedado na casa de um amigo, em São Paulo, e quando eu gravei esse teste [...]e quando eu fui aprovado para essa próxima etapa, eu falei com o meu amigo, com os pais dos meus amigos, ele falou, ‘pô, caramba, que legal, você quer passar lá na frente da casa?’ Aí eu falei, ‘como assim? Como assim, na frente da casa?’ [e ele] ‘Não, porque onde aconteceu o crime, há tantos anos atrás, é aqui na rua, é vizinho, é tipo, sei lá, uns 500 metros daqui’, e na hora, assim, me deu um arrepio, porque é quase como se fosse um sinal, que é 'nossa, eu já estou ligado a essa história de alguma maneira'".
Carla e Leonardo como o casal de namorados que matou Marisia e Manfred von Richthofen - Crédito: Divulgação / Amazon Prime Brasil

Gênero true crime

Quando perguntado sobre a opinião dele em relação às críticas comumente feitas na internet ao gênero “true crime”, Bittencourt disse que esse é um assunto que vai além da questão de gênero do audiovisual. Segundo ele, no país, as pessoas estão acostumadas com a narrativa do mocinho e do vilão e que essa análise não existe na vida real.

"O objetivo de se contar essa história é poder trazer o debate sobre o que aconteceu naquele crime, entender que não é um caso isolado e como a gente pode evitar que esses erros se repitam na sociedade. Então eu acho que quando você... A maioria das pessoas entende, inclusive, o barulho que existe na internet vem desse receio de existir uma glamorização sobre o protagonista”, opina o ator.

Ele ainda completa que “existe um receio de que a Suzane, de alguma maneira, seja tratada como uma heroína e quem assistir qualquer minutagem do filme vai entender que isso não acontece. A gente mostra a realidade, pelo contrário, não existe nenhum tipo de engrandecimento do ato”.

Para conferir a entrevista completa que sairá em breve, se inscreva no canal do Aventuras na História no Youtube e siga as redes sociais oficiais.

Os três filme que rememoram o caso Richthofen já estão disponíveis na Amazon Prime Video. Assista o trailer do último volume da trilogia: