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Matérias / Segunda Guerra

Há 78 anos, acontecia a Batalha de Iwo Jima, a mais sangrenta da Guerra do Pacífico

Em 1945, as forças aliadas desembarcavam na ilha vulcânica japonesa, dando início a um combate que durou 35 dias

Cíntia Cristina da Silva Publicado em 19/02/2019, às 14h00 - Atualizado em 17/02/2023, às 09h49

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Registro da Batalha de Iwo Jima, 1945 - Domínio Público
Registro da Batalha de Iwo Jima, 1945 - Domínio Público

O dia era 19 de fevereiro de 1945. Cento e dez mil marines, os fuzileiros navais americanos, desembarcaram de 880 navios de guerra. A missão: tomar a ilha japonesa de Iwo Jima, uma ilha vulcânica no Pacífico, aparentemente sem importância, mas com papel estratégico. Ela abrigava duas pistas de voo de onde partiam aviões japoneses.

Do outro lado, 22 mil soldados japoneses estavam encarregados da resistência. Operação Detachment  é o nome designado a essa missão americana de invadir a ilha japonesa.

Os Estados Unidos esperavam que o confronto durasse 3 semanas, mas se depararam com uma forte resistência japonesa. Seguiram-se 35 dias de batalha - considerada a mais sangrenta da Guerra do Pacífico durante a Segunda Guerra Mundial.

Ao final do confronto, 6.891 fuzileiros americanos acabaram mortos e 18.070 feridos. Do lado japonês, sobraram 212 soldados vivos, que foram feitos prisioneiros. Como para os japoneses a rendição era algo vergonhoso, e nunca feito antes, aqueles que restaram, escondidos, se renderam apenas em 1949.

Teria sido tudo em vão? Afinal, o motivo da invasão americana nos aeroportos foi controverso: Era inútil para a marinha tanto como base de frota como base de preparação. Justamente por isso, a marinha construiu uma pista de aterrissagem para emergências. Dessa forma, a guerra teria se mostrado eficaz em certo sentido - e 21 mil japoneses não teriam sido mortos em vão.

A história dessa carnificina é contada em duas versões: uma do ponto de vista americano, a outra, do japonês – ambas do ator e diretor Clint Eastwood.

No filme A Conquista da Honra, a guerra é o cenário da história de três dos seis soldados que levantaram a bandeira americana no topo do monte Suribachi em 23 de fevereiro: Ira Hayes, John “Doc” Bradley e René Gagnon. O filme mostra como uma fotografia – feita pelo fotógrafo Joe Rosenthal – foi capaz de despertar o espírito patriótico americano. Clint Eastwood retrata ainda a derrocada pessoal de Ira Hayes, soldado de origem indígena que terminou seus dias alcoólatra e sozinho. Mais do que um filme de guerra, A Conquista da Honra é um réquiem triste e pujante.

A resistência japonesa

Ao ser designado como o oficial responsável pela defesa de Iwo Jima, o general Tadamichi Kuribayashi sabia que ele e seus soldados não resistiriam muito tempo ao poderio de guerra americano. Durante os 35 dias da batalha, o general manteve uma correspondência regular com sua mulher Yoshie e seus três filhos. Letters from Iwo Jima (“Cartas de Iwo Jima”) foi baseado nessas cartas. Em uma delas, o general escreve: “A batalha está chegando ao fim. Ante a coragem dos oficiais e homens sob meu comando, até os deuses chorariam diante de tanta bravura”.


Saiba mais

A conquista da honra, Clint Eastwood, 2006

Letters from Iwo Jima , Clint Eastwood, 2006