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Matérias / Curiosidades

A curiosa vida antes da existência da Filosofia

Embora se associe o termo aos pensadores da Grécia antiga, antigos pensadores tiveram papéis importantes ao longo da história

Redação Publicado em 18/07/2021, às 05h00

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"A Morte de Sócrates", por Jacques-Louis David - Metropolitan Museum of Art/Wikimedia Commons
"A Morte de Sócrates", por Jacques-Louis David - Metropolitan Museum of Art/Wikimedia Commons

É comum que se associe filosofia aos mais conhecidos pensadores da Grécia antiga, como Sócrates, Platão e Aristóteles. Embora o termo usado até hoje tenha raízes naquela época — significando “amor ao conhecimento” —, há um ativo debate acadêmico sobre o que deve ou não ser considerado filosofia e quando efetivamente ela surgiu.  

Na raiz do conceito, está o “conhecimento” — termo genérico utilizado para descrever a investigação racional de uma ideia, na tentativa de entender questões físicas e metafísicas do mundo.  

Alguns críticos modernos veem na palavra uma diferença fundamental para as tradições anteriores, que consideram especulações teológicas: a abordagem dos argumentos com base em razão e evidência.  

Outros estudiosos, porém, consideram essa visão eurocêntrica e avaliam que existem, sim, traços filosóficos nas tradições orientais e africanas, que inerentemente abordam temas da ética, estética e política.  

Correntes mais antigas de pensamento usualmente fundamentavam-se com mitos, dogmas e religião. Desde 1500 a.C. há uma sistematização da parte filosófica do hinduísmo, e as primeiras escolas de filosofia indiana foram formalizadas por volta de 1000 a.C.  

Seus argumentos, no entanto, estão intimamente relacionados à existência dos deuses e têm por base o Bhagavad Gita, livro sagrado dos hindus. Nas tradições egípcias, chinesas e babilônicas, o que se encontra é uma associação entre o pensamento argumentativo e o mítico.  

Na mitologia, as narrativas possuem personagens, permitem diversas interpretações (algumas inclusive contraditórias) e são autoexplicativas: a própria inspiração divina era suficiente para garantir sua validade.  

Por outro lado, as teorias dos primeiros filósofos gregos são sistemáticas e internamente coerentes; além de argumentadas racionalmente. Isso não quer dizer que o pensamento filosófico grego tenha substituído o pensamento mítico, mas o complementou.  

O filósofo Parmênides, por exemplo, produziu um poema em que invoca uma deusa, para depois oferecer argumentos explicando suas percepções. O Dicionário Oxford de Filosofia apresenta o profeta persa Zaratustra, ou Zoroastro, como o primeiro na cronologia da filosofia.  

O impacto dos seus textos, datados do século 7 a.C., é sentido até hoje, pela influência na formação do judaísmo e especialmente pela racionalização da ética. Em contato com esse conceito, pensadores gregos desenvolveram sistemas próprios de racionalização.  

Os pré-socráticos, como Tales de Mileto e Pitágoras, abordavam temas como astronomia, ontologia e matemática. Sócrates, por sua vez, tratava da natureza humana, e foi o responsável por trazer a filosofia para as cidades, famílias, vida e moral.  

Nascido em Atenas no século 5 a.C., é considerado por muitos o pai da filosofia ocidental como conhecemos. Condenado à morte por envenenamento por lideranças locais que temiam sua influência entre os jovens, teve o discurso de defesa registrado por Platão, seu seguidor. 

Desse período até as guerras de Alexandre, o Grande, por volta de 320 a.C., a Escola de Atenas avançou muito nos assuntos e métodos abordados pela filosofia. Depois disso, o pensamento filosófico foi se alterando, num caminho mais universalista e materialista.  

Sua influência foi grande nos estudos e nas leis romanas. Durante a Idade Média, porém, boa parte das ideias gregas foi abandonada na Europa Ocidental. Com o retorno da filosofia durante o Renascimento, seu escopo foi se especializando.  

Nas universidades modernas, temas que iam da ética à matemática acabaram se desdobrando em disciplinas separadas, como psicologia, sociologia, linguística e economia. 


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