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Matérias / Crimes

Doutor morte: a mente macabra do serial killer Harold Shipman

O renomado médico era na verdade um sádico viciado em drogas, que para manter o vício, foi capaz de atos cruéis

Paola Churchill Publicado em 29/04/2020, às 16h00

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Imagem do médico Harold Shipman - Wikimedia Commons
Imagem do médico Harold Shipman - Wikimedia Commons

Harold Shipaman era frustrado. No começo da escola, todos o consideravam um aluno brilhante e exemplar, mas, no momento que entrou no ensino médio, se tornou um estudante mediano, o que o deixava extremamente irritado.

Já que na carreira acadêmica ele não estava indo tão bem, decidiu focar nos esportes e se mostrou um excelente atleta na pista de atletismo. Apesar do talento, o garoto era muito sozinho, pois se achava superior aos colegas de classe.

Harold Shipman na juventude era um garoto quieto e de poucos amigos/Crédito: Wikimedia Commons 

Harold era muito próximo de sua mãe, Vera Brittan e quando a mulher foi diagnosticada com um câncer no pulmão, o menino sempre ficou ao seu lado. Foi nesse momento, que o rapaz via a senhora receber altas doses de Diamorfina, nome científico da heroína, para aliviar a dor. E ficou fascinado. 

Quando sua mãe morreu, ele ficou desolado e nunca mais foi o mesmo. Decidiu que queria fazer medicina e depois de dois anos tentando, entrou na Escola de Medicina de Leeds, na Inglaterra.

Contudo, o objetivo do futuro serial killer não era salvar vidas, na verdade, era um motivo muito mais cruel: ceifá-las.

O doutor morte

Em 1974, ele assumiu seu primeiro grande cargo dentro em um hospital em Yorkshire. Casou-se com Primrose Shipman, com quem teve três filhos. O doutor era muito respeitado em seu meio, pois, achavam que ele era um profissional zeloso e dedicado, além de ser um ótimo homem de família.

Mas a máscara logo caiu. Uma enfermeira do pronto-socorro percebeu que o homem prescrevia doses cavalares de petidina, o que ela estranhou. Essa medicação só era aplicada em casos de urgência e extrema necessidade.

Descobriam então que Shipman usava a substância para uso próprio e atrelado a isso, utilizava falsas receitas médicas e diagnósticos feitos por ele. Afastado da profissão, o falsário foi colocado em uma clínica de reabilitação e dois anos depois, voltou a exercer seu cargo e novas suspeitas surgiram.

Harold e sua esposa Primrose Shipman/Crédito: DIvulgação/Youtube 

Um agente funerário local, Frank Massey, começou a notar um estranho padrão. Os pacientes de Shipman tinham uma taxa de mortalidade muito elevada e todos os óbitos eram muito semelhantes: idosas do sexo feminino que moravam sozinhas e morriam após uma overdose de morfina.

Mas, por conta da reputação de bom moço, as suspeitas foram esquecidas. Pelo menos até a morte da última vítima do doutor da morte: Kathleen Grundy, em junho de 1998. Os amigos da viúva rica estranharam seu sumiço e foram até sua casa, onde a encontraram morta sentada no sofá. O que todos acharam muito estranho, já que a idosa sequer estava doente.

A última pessoa que a viu com vida, foi Harold Shipman, que alegou ter visitado Grundy apenas para tirar algumas amostras de sangue para análise. Ele achava que mais uma vez, seus crimes sairiam ilesos, mas não contava com um erro em seu diabólico plano.

A filha de Kathleen, Angela Woodruff, recebeu uma ligação de um suposto advogado falando que precisava discutir o testamento novo que sua mãe havia deixado. Como era a mulher que cuidava das finanças da família, ela sabia que algo de errado estava acontecendo, principalmente quando viu que o documento deixava 360 mil libras para o médico.

Quando os oficiais foram a casa dele, eles estranharam no primeiro momento a sujeira do lugar, não se esperava que a residência de um médico fosse tão imunda. E dentre toda a bagunça, foi encontrada uma máquina de escrever, na qual Harold forjou testamentos, além de joias das outras vítimas.

As mulheres que Harold foi acusado de matar/Crédito: Divulgação/Youtube 

Após a apresentação de todas as provas e acusações, Shipman foi condenado pela morte de 15 mulheres entre 1995 a 1998. O maléfico homem negava ter feitos crimes tão terríveis, mesmo com as evidências científicas contra ele.

O inquérito ainda concluiu que Harold provavelmente foi responsável por 250 mortes, além de ser acusado de usar substâncias médicas para fins recreativos. Ele foi sentenciado à prisão perpétua por seus crimes.

Harold Shipman no dia que foi preso/Crédito: Wikimedia Commons 

Quatro anos depois, na véspera de seu aniversário de 58 anos, ele foi encontrado morto em sua cela após se enforcar. Harold Shipman é o único médico da história legal britânica a ser considerado culpado por matar propositalmente pacientes — sem nunca ter alegado arrependimento por seus atos.


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