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Matérias / Personagem

Há 110 anos, Raymonde de Laroche se tornava a primeira mulher a pilotar um avião sozinha

Uma das pioneiras da aviação, ela estabeleceu dois recordes de voo para mulheres e serviu como motorista durante a Primeira Guerra

Letícia Yazbek Publicado em 22/10/2019, às 08h00

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Crédito: Wikimedia Commons
Crédito: Wikimedia Commons

Elisa Léontine Deroche, nascida em Paris, em 1882, foi a primeira mulher a realizar um voo sozinha, em 22 de outubro de 1909. Em seguida, se tornou a primeira a obter uma licença de piloto.

Durante a juventude, Elisa se tornou atriz, usando o nome artístico Raymonde de Laroche. Passou a se interessar por motocicletas e automóveis e, em 1908, assistiu a uma demonstração de voo motorizado feita por Wilbur Wright.

Depois de conhecer alguns aviadores, como Léon Delagrange, um dos pioneiros da aviação, Raymonde decidiu que queria pilotar um avião sozinha.

Em outubro de 1909, ela pediu a Charles Voisin, aviador e construtor de aviões, que a ensinasse a voar. Depois de aprender a pilotar e taxiar pelo aeroporto, Raymonde voou por 270 metros antes de pousar. Como o avião de Voisin só tinha capacidade para um tripulante, Laroche operou a aeronave sozinha enquanto o aviador dava as instruções em terra.

Raymonde de Laroche / Crédito: Wikimedia Commons

Em 8 de março de 1910, ela recebeu sua licença de piloto, emitida pela Federação Internacional de Aeronáutica.

Raymonde de Laroche continuou pilotando, e participou de diversos encontros de aviação. Em julho de 1910, quando participava de um show aéreo em Reims, seu avião caiu e ela sofreu ferimentos graves. Dois anos depois, se recuperou e voltou a pilotar.

Durante a Primeira Guerra Mundial, Raymonde serviu como motorista, conduzindo oficiais franceses até os campos de batalha.

Em junho de 1919, a pilota estabeleceu dois recordes de voo para mulheres: o de altitude, batendo os 4.800 metros, e o de distância, de 323 quilômetros.

No mês seguinte, quando planejava se tornar a primeira mulher pilota de testes profissional, Raymonde sofreu um trágico acidente. Ela atuava como copilota de um avião experimental que, ao se aproximar para pousar no aeroporto de Le Crotoy, no norte da França, mergulhou e caiu, matando os dois tripulantes.

Uma estátua foi erguida em sua homenagem no Aeroporto de Le Bourget, próximo a Paris.


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