A dupla chegou a gravar três demos, mas o episódio com o animal pôs fim ao que seria uma das maiores reuniões da história da música
Fabio Previdelli Publicado em 21/04/2020, às 13h00
Os anos de 1980 ficaram marcados por ser um período importante para a história da música. O mercado fonográfico passou por um período de importantes perdas na década passada, como fim dos Beatles e a morte de Elvis Presley.
Mas ao mesmo tempo em que ocorreu esse momento de despedidas, outros grandes nomes surgiram ou se estabeleceram ainda mais no cenário: como é o caso de Freddie Mercury no Queen e Michael Jackson no The Jackson Five e depois em carreira solo.
Os dois se conheceram em 1983 quando o astro assistiu a um show do Queen na Inglaterra e, a partir daí, outros encontros ocorreram e uma amizade entre os dois foi crescendo cada vez mais. Eles fizeram planos de gravar material suficiente para um álbum, mas essas sessões foram interrompidas logo no começo.
O clima parecia bom entre os dois, até uma troca de apelidos rolou entre as duas estrelas, Michael era chamado de "little brother" (irmãozinho) e Freddie era "old buddy" (velho amigo). Mas a camaradagem deu espaço para alguns atritos que pôs um fim ao projeto deles.
O que se diz oficialmente é que o final abrupto da parceria se deu pela falta de tempo de ambos para terminarem o projeto. Mas Jim ‘Miami’ Beach, um advogado que se tornou empresário do Queen, disse que a personalidade diferente de ambos culminou com o fim de tudo. Por comprar tudo o que precisava, Jackson não saia nunca de casa, algo completamente inimaginável para o estilo de vida de Mercury.
O ponto final foi em uma gravação, no qual o estúdio teria se tornado um caos, pois Michael teria levado uma lhama para a gravação, o que irritou o líder do Queen. Ele teria ligado desesperado para Jim dizendo “me tire imediatamente daqui, estou gravando com uma lhama”.
Mas muitos se engam ao pensar que o encontro da dupla em Neverland não gerou frutos. Eles gravaram três demos juntos: There Must Be More to Life Than This (que anos depois apareceu no álbum solo de Mercury ‘Mr Bad Guy (1985) e mais recentemente em Queen Forever (2014); Victory (que apareceu no álbum do The Jackson Five em 1984) e State of Shock (que se tornou um dueto de Jackson em Mick Jagger).
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