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Matérias / Hollywood

Rita Hayworth: O segredo obscuro da Femme Fatale de Hollywood

A diva dos anos 40 encantou o público com seus filmes, mas tinha problemas em sua própria família e casamentos

Paola Churchill Publicado em 15/03/2020, às 10h30

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Rita Hayworth era o símbolo sexual do cinema dos anos 40 - Divulgação
Rita Hayworth era o símbolo sexual do cinema dos anos 40 - Divulgação

Rita Hayworth foi uma das grandes estrelas da Era de Ouro de Hollywood. Nascida em Nova York, em 17 de outubro de 1918, ganhou muito destaque por seu filme Gilda, de 1946, recebendo o selo de símbolo sexual. Vinda de uma família de descendência espanhola e irlandesa, seu nome de batismo é Margarita Carmen Cansino, e seus parentes eram em sua maioria dançarinos. Não era de se estranhar que desde muito pequena, Rita amava a dança.

Na adolescência, seu pai, Eduardo Cansino, um bailarino espanhol, obrigava a filha a comparecer a horas de treino exaustivo. Sua mãe, Volga Haworth, era artista do Ziegfeld Folies e tinha grandes sonhos para a menininha.

A matriarca sempre sonhou que sua filha fosse uma grande estrela do cinema. Desde pequena, já chamava a atenção por sua beleza. Mas, mesmo que já fosse belíssima, com o incentivo da matriarca, se submeteu a uma dolorosa cirurgia para aumentar sua testa, além de mudar a tonalidade de suas madeixas, de castanho escuro para o ruivo que a deixou conhecida no mundo todo.

Rita em uma das cenas mais íconicas do filme Gilda, 1946/ Divulgação 

Com 14 anos, Rita e Eduardo faziam suas apresentações em casas noturnas. O seu próprio pai falava a todos que ela era sua mulher e a ensinava como seduzir outros homens — para, no futuro, conseguir sua fama. Longe dos holofortes, a situação era bem pior: Rita sofria de abusos sexuais do genitor.

Para tentar parar com os estupros, a mãe passou a dormir com ela, mas mesmo assim nada adiantava. No momento que completou 18 anos, Rita se casou com Eddie Judson, de 41 anos, e se mudou de casa. Mas, o que parecia ser a liberdade da estrela, foi apenas a troca de um abusador por outro. Judson a oferecia para outros homens como se fosse um objeto, e Rita não podia recusar. Ainda por cima, a ameaçava constantemente dizendo que jogaria soda caústica por toda sua face, desfigurando-a, se a garota o deixasse.

Começou a atrair a atenção dos executivos da Fox após aparecer nas telas do filme mexicano Cruz Diablo. Os produtores queriam a garota, mas pediam que ela perdesse as raízes latinas, pois só assim conseguiria papéis importantes no cinema.

A estrela ainda teve que perder muito peso para se encaixar no padrão de beleza que Hollywood pedia, onde as curvas eram necessárias por mais de uma década.

Por mais que quisesse encontrar a felicidade no amor, para a tristeza da diva seus outros casamentos também foram fracassados. Inclusive disse uma frase icônica que marcou sua carreira: “Os homens deitam-se com a Gilda, mas acordam comigo”.  

Casou-se com o diretor Orson Welles, inclusive tiveram uma filha juntos, Rebecca Welles. Depois da separação, entrou em um relacionamento com príncipe Aly Khan, tornando-se a primeira atriz a ganhar o título de princesa.

Desse matrimônio, Hayworth teve mais uma filha, a princesa Yasmin Aga Khan que dirige até hoje a fundação Alzheimer’s Disease International.

Foi na casa de Yasmin, que Rita deu seu último suspiro em 1987. O motivo de sua morte foi Alzheimer. O diagnóstico da doença demorou a sair, muitos consideravam o comportamento errático da estrela por conta do consumo de álcool. Sua filha acredita que os sinais começaram por volta dos 50 anos de sua mãe, que só foi confirmada que tinha o problema em 1981, 20 anos depois de apresentar os primeiros sintomas.  


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Rita Hayworth: From American Love Goddess to the Face of Alzheimer's, de Arthur Wilhelm (2005)  - https://amzn.to/2U1CrZP

Rita Hayworth: The "It" Girl Immortal (Illustrated) (ICG Book 2) (English Edition), de P. McCarty (2011) https://amzn.to/2ILdcWh

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