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Matérias / Múmias

A impressionante múmia de Tjayasetimu, a famosa cantora mirim do Egito Antigo

A menina foi encontrada em um sarcófago grande para o seu tamanho: morta muito jovem, seus dentes de leite ainda estavam caindo

Isabela Barreiros Publicado em 23/05/2020, às 07h00

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A múmia de Tjayasetimu - Museu Britânico
A múmia de Tjayasetimu - Museu Britânico

Geralmente, as pessoas que eram submetidas à mumificação no Egito Antigo eram de alto escalão. Faraós, nobres e figuras religiosas estão entre a maioria das múmias encontradas por egiptólogos nos dias de hoje. Isso acontecia porque apenas os considerados mais importantes poderiam ser preservados para a eternidade.

No entanto, algumas das múmias encontradas aparentemente não estavam em nenhuma dessas categorias. É provável que Tjayasetimu, por exemplo, não faça parte desse grupo. Não se sabe ao certo quando ela foi encontrada. Ela foi comprada pelo Museu Britânico em 1888, especificamente pelo então chefe do departamento egípico, Wallis Budge. Informações também eram poucas, que aumentaram apenas um pouco ao longo dos anos e das evoluções tecnológicas.

Análise científica

A tomografia de Tjayasetimu / Crédito: Museu Britânico

Com o avanço da ciência, pesquisadores conseguiram analisar de maneira mais profunda o corpo mumificado de Tjayasetimu. Os exames foram realizados na enfermaria real de Manchester, por volta de 300 quilômetros do local em que ela estava armazenada. Sem debilitar os embrulhos, eles realizaram uma tomografia computadorizada para poder ver o que estava por trás deles.

Ela era muito pequena. Muito menor do que o sarcófago que a colocaram para passar o resto de seus dias. Suas bandagens foram pintadas, e seu rosto estava coberto por um véu e outra máscara feita de ouro. Seus dentes de leite ainda estavam passando pelas gengivas.

"Uma das grandes descobertas que fizemos é que o cabelo dela está maravilhosamente preservado e longo. As características de seu rosto foram cuidadosamente preservadas”, explicou Daniel Antoine, curador de antropologia física do museu.

O tamanho intrigou os cientistas. Avaliando a partir dele, sugeriram que ela era muito mais jovem do que anteriormente se pensava. “Olhando para o sarcófago, com o rosto pintado nele, você pensaria que ela está totalmente crescida. Então os raios X dos anos sessenta sugeriram que ela tinha 12 ou 13 anos, mas queríamos descobrir qual era sua idade real, como ela estava mumificada e talvez por que ela estava nesse sarcófago”, disse.

E a conclusão foi essa: ela provavelmente estava em por volta dos seus sete anos quando morreu, em uma margem até os nove. O corpo era quase esquelético, e ainda não é possível dizer porque ela foi colocada em um túmulo muito maior do que sua altura. O que se sabe é que ela deve ter sido uma figura importante no seu tempo, mas ainda um tanto enigmática.

A morte também não se revelou violenta. Segundo Antoine, “o resto do corpo dela não mostra sinais de problemas de saúde ou doença a longo prazo. Não há outras evidências de um trauma ou que ela tenha sofrido uma morte violenta". O mais provável é que ela tenha morrido de cólera ou devido a uma doença curta.

Sarcófago e identificação

Instrumento que Tjayasetimu provavelmente tocava / Crédito: Museu Britânico

O túmulo de mais de 3 mil anos carregava inúmeras identificações como hieróglifos e pinturas. Seu nome estava inscrito nele: Tjayasetimu significava "a deusa Ísis os apreenderá". A partir disso, os pesquisadores descobriram que ela era o que podemos chamar hoje de cantora mirim, na época "cantora do interior". Acredita-se que ela tenha cantado muitas melodias para os faraós antigos em seus templos no Nilo.

Teria sido este o motivo que levou os faraós a darem uma mumificação exclusiva para a menina? Ou isso, ou o status elevado de sua família fez com que eles conseguissem encomendar o procedimento para sua falecida mais jovem. De qualquer maneira, ela era muito conhecida no Egito Antigo por fazer parte do coral real.

"Temos que assumir que ela sabia cantar, mas realmente não sabemos", confessou John Taylor, curador do museu no departamento do Egito e do Sudão.


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