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Matérias / Personagem

A insana fuga do ator John Wilkes Booth após matar o presidente Abraham Lincoln

O jovem é lembrado como o responsável pela morte de um dos maiores líderes dos EUA — mas queria ser conhecido como um herói nacional

Wallacy Ferrari Publicado em 26/03/2020, às 16h00

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Joh Wilkes Booth (à esq.) em montagem com Abraham Lincoln (à dir.) - Wikimedia Commons
Joh Wilkes Booth (à esq.) em montagem com Abraham Lincoln (à dir.) - Wikimedia Commons

Na noite de 14 de abril de 1865, o ator John Wilkes Booth entrou na cabine presidencial no Teatro Ford, em Washington, DC, e disparou na cabeça do presidente Abraham Lincoln, ferindo-o mortalmente. Quem disparou o tiro foi Booth, mas ele não foi o único que desejava a morte do líder.

Após atirar em Lincoln, uma rede de conspiradores contrários ao presidente ajudou a esconder Booth nos dias seguintes ao atentado. A caçada, envolvendo quase mil soldados da União, foi uma das maiores da história do país. Os preparativos para a ocasião foram premeditados desde o ano anterior.

No final de 1864, o grupo, junto ao ator, chegou a montar um meticuloso plano para sequestrar o líder, porém, o projeto mudou para um assassinato poucos dias antes de executar, graças a pressão política de suas falas nas semanas anteriores. Os motivos das ações eram simples: salvar a confederação contra os abolicionistas.

Natural de Maryland, John Wilkes Booth foi escolhido para ser a peça-chave para executar o plano, visto que já era um ator conhecido pela cena teatral do país, considerado um talentoso galã com uma presença de palco notável, e fazia questão de se tornar um mártir da causa protestante. Na noite do ato, chegou a gritar após o tiro “Sic sempre tyrannis!”, assim sempre aos tiranos em tradução livre.

Quando pulou do parapeito da cabine presidencial após atirar no presidente, quebrou a perna, mas conseguiu ser ágil o suficiente para escapar do teatro por uma saída lateral. Na rua, conseguiu fugir montado em um cavalo junto com David Herold, um cumplice conspiracionista que o levou até o médico Samuel Mudd, que tratou seu ferimento e abrigou o jovem, sem ter ciência de que o mesmo havia matado Lincoln horas antes.

Ilustração representando o momento do assassinato de Lincoln / Crédito: Wikimedia Commons

No dia seguinte, expulsou os rapazes de sua casa após descobrir, pelo jornal, que abrigava um assassino, mas não os entregou por receio de ser mais uma vítima. A busca por Booth e Herold, imediatamente identificados por testemunhas oculares, colocou uma recompensa de 100 mil dólares por suas cabeças.

Nos quatro dias seguintes, se esconderam no pântano de Zekiah. Enquanto Booth permanecia inerte e completamente escondido, Herold caçava e verificava se havia sinais de busca na região, chegando a encontrar soldados comentando sobre a fuga. Quando encontrados por um cúmplice, conseguiram comida, água e jornais para atualizar os fugitivos sobre a operação. Booth inclusive manifestou indignação por ter sido considerado um assassino ao invés de um herói.

Ao atravessar os rios Potomac e Rappahannock para a Virgínia fingiram ser soldados confederados feridos e foram abrigados em um celeiro de tabaco, na fazenda de Richard Garrett, Virgínia — onde ficaram até serem descobertos. Herold se rendeu imediatamente aos soldados, mas Booth desacatou o mandato de prisão e avançou contra os militares. Boston Corbett foi o soldado que conseguiu acertar um tiro em seu pescoço.

Horas depois, o ferimento não foi estancado e a perda de sangue foi suficiente para levar Booth ao óbito, aos 26 anos, ainda na fazenda. Seu corpo foi levado para a Washington e enterrado na penitenciária onde outros membros do plano, incluindo Herold, foram executados em uma forca. Quatro anos depois, o presidente Andrew Johnson liberou o corpo para a família do ator.


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