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Matérias / Charles

As memórias da talentosa passista que fascinou o príncipe Charles em 1978: ‘Desengonçado’

O então príncipe veio ao Brasil em 1978 e assistiu a uma apresentação da Beija-Flor de Nilópolis

Isabelly de Lima, sob supervisão de Giovanna Gomes Publicado em 11/02/2023, às 08h45

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Pinah e o príncipe Charles, em 1978 - Reprodução / Redes Sociais / Instagram
Pinah e o príncipe Charles, em 1978 - Reprodução / Redes Sociais / Instagram

O agora reiCharles IIIveio ao Brasil quarenta e quatro anos antes de herdar o trono. O então rapaz solteiro de 29 anos, na época, foi o responsável por uma das cenas mais marcantes da história do Carnaval carioca. No ano de 1978, Charles veio ao Brasil para passar alguns dias.

Após dois dias em São Paulo, onde chegou até mesmo a cair de um cavalo durante um evento de polo, o então príncipe desembarcou no Rio. Sua agenda estava cheia de eventos e compromissos, e, um deles, era no Palácio da Cidade, sede da prefeitura. Lá ele assistiria a uma apresentação da escola de samba Beija-Flor de Nilópolis.

Com boa parte do corpo à mostra, uma moça fantasiada tirou o monarca para dançar. Ela tentava deixá-lo à vontade, mesmo sem saber quem o homem era. Em entrevista à Folha de S. Paulo, Maria da Penha Ferreira, conhecida como Pinah, que na época era uma passista de 18 anos, disse:

Eu nem sabia quem ele era".

Apresentação ao rei

Na época, apresentações da escola para empresários e políticos eram comuns (e até hoje são), mas tudo estava indicando que a presença da noite seria especial, já que os protocolos eram exagerados. Pinah conta que “o chefe dos seguranças avisou que a gente não podia passar de uma linha. Colocaram uma faixa no chão e avisaram que era para sambar daquela linha para atrás, estava cheio de regras".

Pinah durante entrevista - Crédito: Reprodução / Vídeo

O rapaz de smoking, magro e com o cabelo repartido para o lado se aproximou de Pinah e começou a dançar algo diferente: Charleston. A passista se recorda que não havia a menor noção de quem era o homem, mas a única certeza que tinha era de que ele era muito desengonçado.

Ela disse ter ficado surpresa, no final da festa, quando descobriu que se tratava do príncipe. "Nunca imaginei que ele iria se misturar". As imagens dos dois dançando juntos correram o mundo.

Bebida na cabeça

Muitas pessoas alegaram que Charles deveria estar um pouco bêbado. No entanto, Pinah nega. A Cinderela Negra, como ficou conhecida desde então, disse: "Ele era muito simpático e não estava bêbado". Depois do episódio, Pinah se casou, se mudou para São Paulo, teve uma filha, abriu uma loja de artigos carnavalescos e, de certo modo, manteve contato com a família real.

Príncipe Charles durante sua segunda visita ao Brasil, em 2009 - Crédito: Getty Images

Não é possível afirmar que ambos têm um laço de amizade, mas quase. Pinah conheceu caçula de Charles e Diana, Harry, em 2012, quando o jovem veio para o Brasil, mais especificamente no Rio de Janeiro. Ela diz que “o ruivinho é simpático e educado, como o pai".

Agora, ela está na expectativa de ser convidada para a cerimônia de coroação do mais novo rei, que ainda não possui data definida. "Eu sou quase uma rainha, as outras mulheres dele vieram depois de mim", relata Maria, aos risos.