Busca
Facebook Aventuras na HistóriaTwitter Aventuras na HistóriaInstagram Aventuras na HistóriaYoutube Aventuras na HistóriaTiktok Aventuras na HistóriaSpotify Aventuras na História
Matérias / Reino Unido

O impressionante estudo feito nos esqueletos da tripulação do navio favorito de Henrique VIII

Relembre a pesquisa sobre o naufrágio Mary Rose, publicada em maio de 2021, que revelou detalhes sobre a origem étnica dos marinheiros da dinastia Tudor

Isabela Barreiros, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 18/07/2021, às 10h00 - Atualizado em 23/03/2022, às 14h54

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
O naufrágio do Mary Rose em exposição no Portsmouth Historic Dockyard - Getty Images
O naufrágio do Mary Rose em exposição no Portsmouth Historic Dockyard - Getty Images

Pesquisadores trouxeram à superfície, em 1982, o naufrágio do Mary Rose, um navio que serviu o rei da Inglaterra, Henrique VIII, ao longo de 34 anos. Além da impressionante carcaça da embarcação, foram identificados cerca de 19 mil artefatos e 179 esqueletos de tripulantes, tanto completos quanto parciais.

A importante embarcação afundou em 1545, durante a Batalha de Solent, levando a vida da maioria da tripulação, que não conseguiu escapar do destino trágico do Mary Rose. Séculos depois, em 1965, seus restos mortais seriam encontrados pelo agente do Departamento Britânico, Alexander McKee, no fundo do mar que banha a cidade inglesa de Portsmouth.

 Mary Rose em exibição no Portsmouth Historic Dockyard / Crédito: Getty Images

A descoberta foi surpreendente: ele se transformou no único exemplar dos navios de guerra da dinastia Tudor do século 16. Para preservar a história, o governo britânico levou o que restou para um museu, que esteve em exposição no Portsmouth Historic Dockyard depois de ficar perdido por mais de 400 anos. 

Até agora, inúmeros estudos já foram realizados no navio e no que foi especialmente encontrado dentro dele. No ano passado, por exemplo, cientistas da Universidade de Warwick e Ghent descobriram que o casco da embarcação foi fabricado através da mistura de 73% de cobre com 27% de zinco.

Neste ano, outra investigação importante foi registrada, mas dessa vez nos restos mortais dos tripulantes do Mary Rose. Publicado na revista científica Royal Society Open Science, o estudo foi realizado por pesquisadores da Universidade de Cardiff, o Mary Rose Trust e o British Geological Survey.

Tripulação diversa

Pesquisadora analisa osso de tripulante do Mary Rose / Crédito: Divulgação/Universidade de Cardiff

Os cientistas envolvidos na análise utilizaram as mais recentes técnicas científicas para entender a origem dos marinheiros que guiavam o Mary Rose, além de seus hábitos alimentares. 

O principal método usado pelos pesquisadores foi a análise multi-isotópica, uma técnica aplicada nos dentes dos esqueletos encontrados. Oito dentes passaram pelo procedimento, dando sugestões de onde os indivíduos passaram seus primeiros anos.

Uma nota da universidade responsável pela análise apontou que “traços químicos da comida e da água que consumiram na infância, que fornecem evidências da localização geográfica, permanecem dentro dos dentes”, o que “permitiu que a equipe explorasse as fontes de suas dietas."

"A variedade e o número de artefatos pessoais recuperados, que claramente não eram de fabricação inglesa, nos fez questionar se alguns dos tripulantes eram estrangeiros de nascimento”, explicou Alexzandra Hildred, do Mary Rose Trust, à BBC. "No entanto, nunca esperamos que essa diversidade fosse tão rica”.

Ilustração do Mary Rose / Crédito: Divulgação/Geoff Hunt/Mary Rose Trust

Três pessoas alvo dos pesquisadores podem ter vindo das costas do sul da Europa, Península Ibérica e Norte da África, o que espantou os especialistas.

Eles descobriram que a tripulação do Mary Rose era mais diversa etnicamente do que pensavam. Para Hildred, “o estudo transforma nossas ideias percebidas sobre a composição da nascente marinha inglesa."

"Nossas descobertas apontam para as importantes contribuições que indivíduos de diversas origens e origens fizeram à marinha inglesa durante este período”, disse a principal autora da pesquisa, Jessica Scorrer. "Isso se soma ao corpo cada vez maior de evidências da diversidade de origens geográficas, ancestrais e experiências vividas na Inglaterra Tudor."

Richard Madgwick, da Universidade de Cardiff, explicou que eles conseguiram reconstruir oito biografias de marinheiros do período Tudor, “em muito mais detalhes do que normalmente é possível”. A partir disso, foi possível obter a “primeira evidência direta de marinheiros de ascendência africana na marinha de Henrique VIII."


+ Saiba mais sobre o tema por meio das obras disponíveis na Amazon:

As seis mulheres de Henrique VIII, de Antonia Fraser (2009) - https://amzn.to/2tNL9BV

A famosa história da vida do rei Henrique VIII: 30, de William Shakespeare (2016) - https://amzn.to/2S2wXNw

Os Ultimos Dias de Henrique VIII Conspirações, traições e heresias na corte do rei tirano, de Robert Hutchinson (2010) - https://amzn.to/2RznyxS

Vale lembrar que os preços e a quantidade disponível dos produtos condizem com os da data da publicação deste post. Além disso, a Aventuras na História pode ganhar uma parcela das vendas ou outro tipo de compensação pelos links nesta página.

Aproveite Frete GRÁTIS, rápido e ilimitado com Amazon Prime: https://amzn.to/2w5nJJp

Amazon Music Unlimited – Experimente 30 dias grátis: https://amzn.to/2yiDA7W