Busca
Facebook Aventuras na HistóriaTwitter Aventuras na HistóriaInstagram Aventuras na HistóriaYoutube Aventuras na HistóriaTiktok Aventuras na HistóriaSpotify Aventuras na História
Matérias / Voo MH370

O pedaço do desaparecido voo MH370 que foi usado para passar roupas

Um dos fragmentos da aeronave que desapareceu em 2014 foi descoberto sendo utilizado com uma função curiosa

Ingredi Brunato Publicado em 18/03/2023, às 09h00

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Cena de ‘Voo 370: O avião que desapareceu’ - Divulgação/Netflix
Cena de ‘Voo 370: O avião que desapareceu’ - Divulgação/Netflix

O caso do voo MH137, que foi recentemente alvo de uma série documental da Netflix, consiste no desaparecimento até hoje sem muitas explicações de um avião da companhia aérea Malaysia Airlines em meio à madrugada do dia 8 de março de 2014.

Responsável por transportar 239 pessoas — contando tanto passageiros quanto tripulantes —, a aeronave de modelo Boeing 777-200 partiu do Aeroporto Internacional de Kuala Lumpur, situado na capital da Malásia, com destino a Pequim, capital da China. 

De acordo com os radares de tráfego aéreo daquele dia, o último contato feito pelos funcionários do avião com uma torre de controle teria ocorrido após os primeiros 38 minutos de voo. Pouco depois, o voo MH137 sumiria de seus monitores. 

Graças ao rastreamento do espaço aéreo realizado por órgãos militares, sabemos ainda que, durante a hora seguinte, a aeronave teria feito um desvio para o oeste que não estava previsto em sua rota. A razão por trás dessa mudança de trajeto é alvo de intensa especulação, sendo um dos grandes enigmas que cercam o episódio. 

Eventualmente, porém, o voo saiu do alcance também dos sistemas de rastreamento militares, de forma que os dados restantes vêm de satélites. O Boeing 777 teria passado várias horas no ar, caindo em algum trecho do Oceano Índico após esgotar seu combustível. 

Qualquer que tenha sido seu destino, fato é que o avião da Malaysia Airlinesdesapareceu praticamente sem deixar vestígios, levando consigo 227 passageiros e 12 tripulantes.

A tragédia abalou a indústria aérea global com sua falta de respostas, com os esforços de busca tendo mobilizado enormes quantidades de dinheiro, ainda que tenham sido majoritariamente fracassadas. 

Aviao Boeing 777-200 da Malaysia Airlines semelhante ao modelo que desapareceu em 2014 / Crédito: Masakatsu Ukon/Creative Commons

Destroços

Um dos maiores motivos pelo qual não sabemos o que aconteceu com o voo MH370 é o fato que os destroços da aeronave nunca foram encontrados em sua totalidade. 

Após meses de buscas por partes do avião, em 29 de julho de 2015, um ‘flaperon’ (ou seja, parte da asa) foi encontrado na ilha francesa de Reunião, no Oceano Índico. Em seguida, outras supostas partes foram avistadas na Tanzânia, Moçambique, África do Sul, Madagascar e Maurício.

Uma delas, por sua vez, consiste nas portas do trem de pouso (nome dado às rodas do avião). Essa estrutura fica exposta durante a decolagem e o pouso, sendo recolhida durante a viagem em si dentro dessas portas citadas. 

A descoberta dessa peça, que também estava na água, acabou sendo um pouco diferente das anteriores, sendo sido realizada em 2017 por um pescador da ilha de Madagascar chamado Tataly.

O homem, todavia, apenas levou seu achado às autoridades em 2022 — ao que relatou que o objeto de metal esteve sendo usado como "tábua de passar roupas" por sua esposa pelos últimos 5 anos. 

Mais perguntas

Assim, 8 anos após o desaparecimento do Boeing 777, novas informações teriam sido acrescentadas ao caso após a investigação das portas do trem de pouso por especialistas. 

Conforme repercutido pelo The Mirror, um relatório não oficial a respeito do voo MH370 (o final e oficial havia sido divulgado em 2018) sugere que pode ter havido intenção de fazer o avião cair. O material foi divulgado em dezembro do ano passado.

Isso porque os danos identificados na peça da aeronave são compatíveis com um impacto realizado em alta velocidade. As portas estariam ainda abertas neste momento de choque, contribuindo para a aeronave afundar com mais rapidez. 

A força extrema de penetração através do destroço leva à conclusão de que o final do voo foi em um mergulho de alta velocidade projetado para garantir que a aeronave se partisse em tantos pedaços quanto possível", apontaram Blaine Gibson e o engenheiro britânico Richard Godfrey

“A combinação do impacto de alta velocidade projetado para quebrar a aeronave e o trem de pouso estendido projetado para afundar a aeronave o mais rápido possível, ambos mostram uma clara intenção de esconder as evidências do acidente", apontam eles ainda. 

O relatório oficial do desaparecimento do avião, divulgado em 2018, descartou a possibilidade de o piloto ter derrubado a aeronave em uma espécie de 'missão suicida'.  "Examinamos o piloto e o primeiro oficial e estamos bastante satisfeitos com o histórico, com treinamento e com a saúde mental deles", disse o investigador Kok Soo Chon. "Não somos da opinião de que poderia ter sido um evento cometido pelo piloto."

Confira abaixo o trailer do documentário da Netflix a respeito do caso: