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Matérias / Saúde

O que a OMS já disse sobre a teoria de que a covid-19 teria surgido em laboratório?

Uma equipe de infectologia chegou a ser levada até o epicentro inicial da doença para seguir os passos iniciais de sua disseminação

Wallacy Ferrari Publicado em 15/05/2021, às 09h00

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Imagem meramente ilustrativa de laboratório medicinal - Divulgação/ Pixabay/ jarmoluk
Imagem meramente ilustrativa de laboratório medicinal - Divulgação/ Pixabay/ jarmoluk

No início do ano de 2020, o mundo interrompeu suas atividades após a descoberta de uma enfermidade altamente infecciosa, capaz de afetar a respiração e, consequentemente, todo o metabolismo. Dessa maneira, a disseminação do novo coronavirus iniciava em ritmo acelerado.

Inicialmente sendo tratada como SARS-Cov-2 — a continuação de um prefixo de outra doença descoberta no início dos anos 2000 —, o tal coronavirus passou a ser chamado de covid-19, tendo a numeração relacionada a um ano de sua descoberta. Contudo, um debate avaliou qual seria a origem do vírus.

Teorias da conspiração foram criadas para atribuir uma culpada para a covid-19; vitimando sua região onde foi descoberta com associações de xenofobia, atribuído padrões de pessoas que possam ser infectadas e, até mesmo, apontando uma criação voluntária da doença.

Porém, a Organização Mundial da Saúde (OMS) fez questão de investigar, ao longo da crise sanitária que acometeu o mundo, qual foi o motivo para o surgimento do novo coronavirus.

Imagem ilustrativa de teste de covid / Crédito: Image by fernando zhiminaicela from Pixabay

Seguindo pistas

Parcialmente endossado por ativistas políticos de direita, entre eles o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump, a ideia de que enfermidade teria vazado de maneira intencional ou acidental de um laboratório teve como alvo Wuhan. Contudo, a OMS convocou especialistas durante a quarentena para tentar refazer os passos do vírus na natureza.

A revista Super Interessante relata que o trajeto feito por membros do Instituto de Virologia de Wuhan passou pelo Mercado Atacadista de Frutos do Mar de Huanan, onde muitos apontavam ser o local responsável por comercializar o morcego que carregava a mutação capaz de causar os problemas respiratórios infecciosos. 

Contudo, não confirmaram o surgimento no local, apenas compreendendo que uma série de casos reportando uma "pneumonia com causa desconhecida" ocorreu especificamente naquela região, de maneira distinta de outras regiões do país e do mundo. Após o retorno, os infectologistas fizeram questão de especificar as dúvidas em uma coletiva de imprensa.

Imagem meramente ilustrativa de Estação Ferroviária em Wuhan, China / Crédito: Getty Images

Tirando a limpa

Os pesquisadores consideram duas hipóteses como principais disseminadoras da covid-19 pelo mundo; a primeira seria um possível evento de supertransmissão, ou seja, quando ocorre alguma ocasião de aglomeração onde um infectado passa o vírus massivamente para outros participantes. Já a segunda avalia a possibilidade de ter sido transportado em alimentos — como reforça o governo chinês.

O especialista em segurança alimentar e doenças animais da OMS, Peter Ben Embarek, acrescentou que não vê uma criação voluntária: “Nossas descobertas iniciais sugerem que a introdução por meio de uma espécie hospedeira intermediária é o caminho mais provável e que exigirá mais estudos e pesquisas direcionadas mais específicas”.

De acordo com o G1, a primeira conclusão técnica aponta que é completamente possível ter sido um contágio direto de animal para humano, não descartando a possibilidade de ter existido um animal intermediário que facilitou a mutação entre o primeiro animal até o humano — mas deixou claro que é “extremamente improvável” tratar-se de um incidente laboratorial.


Sobre a Covid-19

De acordo com as últimas informações divulgadas pelos órgãos de saúde, atualmente, o Brasil registra 15,4 milhões de pessoas infectadas, e as mortes em decorrência da doença já chegam em 430 mil no país.  

Em 1º de dezembro de 2019, o primeiro paciente apresentava sintomas do novo coronavírus em Wuhan, epicentro da doença na China, apontou um estudo publicado na revista científica The Lancet em fevereiro deste ano.  

De lá pra cá, a doença já infectou 165 milhões de pessoas ao redor do mundo, totalizando mais de 3,2 milhões de mortes, sendo mais de 430 mil delas apenas no Brasil, que está no terceiro lugar entre os países onde mais pessoas morreram por complicações da Covid-19.