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Matérias / África

O reino esquecido de Kush, tão rico quanto o Egito Antigo dos faraós

Localizada onde hoje é o Sudão, a potência chegou a conquistar o Egito e deixou como legado uma série de pirâmides impressionantes

Isabela Barreiros, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 11/08/2021, às 11h41

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Pirâmides do reino Kush em Jebel Barkal - Hans Birger Nilsen via Wikimedia Commons
Pirâmides do reino Kush em Jebel Barkal - Hans Birger Nilsen via Wikimedia Commons

Histórias dos reinos que habitaram e conquistaram territórios no continente africano são geralmente esquecidas ou colocadas debaixo do tapete do colonialismo, que impedia a região de se enxergar como parte independente da Europa.

Quando a África começou, de fato, a se tornar livre do Velho Continente, uma onda nacionalista foi iniciada por volta da década de 1960, com objetivo de descolonizar as histórias dos países, que tanto foram oprimidas e ocultadas. 

A partir disso, um dos reinos mais importantes do passado da região pôde ser relembrado. O reino de Kush foi uma superpotência, de tamanha notoriedade que sua riqueza e magnitude é comparável, inclusive, ao Egito Antigo dos grandes faraós.

Pirâmide do reino Kush em Jebel Barkal, no Sudão / Crédito: Hans Birger Nilsen via Wikimedia Commons

No começo, Kush era uma colônia do Egito, mas cresceu tanto que, com o tempo, acabou se tornando independente e chegou a dominar o território que antes a governava no século 8 a. C. A influência durou décadas e mostra a importância da potência africana. 

Além de mandar na região no sul do Egito que antes era chamada de Núbia, que hoje é partilhada com o Sudão, o reino também chegou a comandar grande parte do vale do rio Nilo, conquistando um enorme território e impondo dominância. 

Embora a conquista tenha acontecido majoritariamente em territórios da África, a influência do reino chegou até o Oriente Médio. 

Templo de Amun em Jebel Barkal, no Sudão / Crédito: Hans Birger Nilsen via Wikimedia Commons

O povo era conhecido como ‘cuchita’. Habitantes de terras cultiváveis, os cuchitas eram em maioria agricultores, ainda que houvesse alguns mercadores e artesãos, que aproveitavam a localização comercialmente estratégica do reino.

O território, além de bom para a agricultura, também guardava minas de ouro, que era um dos produtos vendidos, além dos óleos, penas de avestruz, incensos, ébano, pele de leopardo, entre outros artigos que eram transportados pelo rio Nilo e por estradas até o mar Vermelho. 

Africanos negros, os cuchitas reuniam a cultura egípcia e de outros povos africanos das proximidades em um único reino, em uma civilização muito interessante e rica, ainda que pouco conhecida mesmo pelas pessoas que habitam o continente hoje. 

Pirâmides em Jebel Barkal / Crédito: Hans Birger Nilsen via Wikimedia Commons

Para quem quer entender um pouco do legado do reino de Kush, é possível observar as pirâmides e construções deixadas por eles ao longo do curso do rio Nilo em direção ao sul, seguindo para o Sudão. 

Na montanha de Jebel Barkal, no Sudão do Norte, e na cidade de Napata, existem mais de 300 pirâmides que são consideradas patrimônio da humanidade pela Unesco. Elas demonstram ao menos um pouco a magnitude da antiga civilização africana por meio de suas tumbas, câmaras funerárias, pinturas e templos.

Segundo a Unesco, elas são "obras-primas de um gênio criativo que mostram os valores artísticos, sociais, políticos e religiosos de uma comunidade de mais de 2 mil anos", como relatou a BBC News.


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