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Matérias / Brasil

Os enigmas desvendados com a exumação da Família Imperial Brasileira

Examinando os cadáveres de D. Pedro I, Imperatriz Amélia e Imperatriz Leopoldina, especialistas chegaram a conclusões que contrariam a versão oficial da História

Joseane Pereira Publicado em 17/07/2020, às 08h00

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D. Pedro I e a Imperatriz Leopoldina - Wikimedia Commons
D. Pedro I e a Imperatriz Leopoldina - Wikimedia Commons

Quando a Capela Imperial do Ipiranga foi aberta, no ano de 2012, nem todos acreditaram que os restos mortais da Família Imperial estariam lá. Situado sob o Monumento de Independência do Brasil, em São Paulo, o local de descanso de D. Pedro I, sua primeira esposa Leopoldina e a segunda esposa Amélia era apenas um símbolo do passado monarquista do Brasil. Entretanto, ao abrir a cripta, pesquisadores encontraram não só os corpos verdadeiros dessas figuras históricas, como também alguns detalhes insólitos.

O processo de exumação foi realizado entre fevereiro e setembro de 2012 pela arqueóloga Valdirene do Carmo Ambiel. Nunca antes feita no Brasil, essa investigação arqueológica de personagens históricos foi documentada e revelada ao público um ano depois de ser iniciada.

Pintura da jovem Maria Leopoldina, Imperatriz Consorte do Brasil / Crédito: Wikimedia Commons

A análise do cadáver da imperatriz Leopoldina, feita com auxílio de um aparelho de tomografia, revelou que ela havia sido enterrada com uma roupa bordada em fios de ouro e prata — a mesma com a qual foi coroada imperatriz em 1822. Ela foi sepultada com brincos de ouro e seu fêmur não mostrava sinais de fratura, contradizendo a versão de que Leopoldina foi jogada de uma escada pelo Imperador, sofrendo um aborto que a matou.

Já D. Pedro I foi enterrado com homenagens dadas aos generais de Portugal, como medalhas e vestimenta oficial. Ironicamente, apesar de ser conhecido como o maior libertador do Brasil, ele não portava um símbolo sequer do país tropical onde viveu grande parte da vida.

O Imperador media entre 1,66 e 1,73 metros, e marcas de fratura em seus ossos confirmavam os relatos de acidentes de cavalo que ele sofreu em 1823 e 1829, ao cair de uma ladeira e quando conduzia uma carruagem, respectivamente. Ao contrário do que dizia uma placa no Monumento de Independência, seu corpo não tinha sido cremado.

Entretanto, o que mais causou surpresas foi o estado do cadáver de Dona Amélia, com quem D. Pedro I se casou em 1829: suas unhas, cabelo, pele e órgãos estavam incrivelmente preservados a partir de substâncias aromáticas, como mirra e cânfora, injetadas em sua jugular.

Além disso, Amélia tinha apenas cinco dentes na boca quando faleceu, e foi enterrada de preto — recordando seu luto iniciado em 1834, após a morte do Imperador, quando ela tinha apenas 22 anos.


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