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Matérias / Personagem

Reclusão, voto de castidade e ateísmo: William James Sidis, considerado a pessoa mais inteligente da história

Fluente em 40 línguas, ingressou em Harvard aos 11 anos e, tempos depois, se declarou contrário à participação americana na Primeira Guerra

Fabio Previdelli Publicado em 11/04/2020, às 09h00

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Foto de William James Sidis, a pessoa mais inteligente da história - Wikimedia Commons
Foto de William James Sidis, a pessoa mais inteligente da história - Wikimedia Commons

Boris e Sarah Sidis eram judeus e imigraram para os Estados Unidos para fugirem de toda a perseguição política e religiosa que sofriam, assim, se mudaram para Nova York. Boris era um talentoso psicólogo que ganhou notoriedade por seu trabalho com hipnose e por seus estudos de transtornos mentais. Sarah era médica, uma das poucas mulheres de seu tempo a conseguir um diploma na área.

Pensando em dar um próximo passo importante na relação, eles decidiram ter um filho e assim nasceu William James Sidis, em 1º de abril de 1898. Por serem pessoas bem instruídas, ele diplomado em Havard e ela na Universidade de Boston, decidiram que criariam William de uma maneira diferente do pensamento da época.

Ao invés de serem mais rígidos e disciplinares, ensinaram o pequeno na base do amor e o estimulando ao conhecimento desde muito cedo. O método educativo pareceu dar muito certo e aos 18 meses de idade William já era capaz de ler sozinho o The New York Times.

Aos oito anos, o garoto já sabia falar nove línguas — além do inglês, Sidis era fluente em latim, grego, francês, russo, alemão, hebraico, turco e armênio), na mesma idade, o jovem também inventou o próprio dialeto: chamado de vendergood.

William James Sidis quando criança / Crédito: Wikimedia Commons

Apesar de ser rejeitado para entrar na faculdade, por ser considerado uma criança, ele estabeleceu um recorde, em 1909, ao ser o mais jovem a ingressar em Harvard. William foi aceito aos 11 anos como parte de um projeto para introduzir crianças superdotadas.

No ano seguinte, o garoto mostrou todo seu domínio em matemática avançada e palestrou no Clube da Matemática de Harvard sobre corpos quadrimensionais.  Sua apresentação surpreendeu até mesmo Daniel Comstock, professor do MIT, que previu que o jovem seria um grande líder científico.

Aos 16 anos, em 1914, ele recebeu seu bacharelado, cum laude, pela instituição. Após a graduação, disse que queria viver uma vida perfeita, por isso, viveria em reclusão. Também na adolescência fez voto de castidade e disse que jamais se casaria.

Jornal anunciando a entrada de William em Harvard / Crédito: Wikimedia Commons

Após uma tentativa frustrada como professor de matemática no Instituto Rice, ele se inscreveu na Escola de Direito de Harvard em 1916, mas abandonou o curso antes do fim — apesar das boas notas. Em seguida, foi preso por participar de uma passeata socialista em Boston — o que lhe ocasionou ser sentenciado a 18 meses de prisão.

Durante seu julgamento, se declarou um objetor de consciência à participação dos Estados Unidos na Primeira Guerra Mundial, afirmou não acreditar em Deus e disse ser um socialista convicto.

Toda sua trajetória parecia ter deixado marcas em sua vida. Se dizendo traumatizado com o passado, decidiu que abdicaria tudo que remetesse aquilo. Assim, William passou o resto de sua vida entre empregos que exigissem somente um trabalho braçal, nada que lhe forçasse a mente.

Por isso, trabalhou operando máquinas e também foi chapeiro em uma lanchonete. Uma outra mania que tinha era a de sempre vestir a mesma túnica no inverno e no verão. Sidis também não era muito adepto ao banho.

William James Sidis morreu em 17 de julho de 1944, aos 46 anos, em Boston, vítima de uma hemorragia cerebral — mesmo modo que seu pai faleceu em 1923, aos 56 anos. Atualmente, seu corpo está sepultado no Cemitério do Sul, em Nova Hampshire nos Estados Unidos.

William James Sidis mais velho / Crédito: Wikimedia Commons

Além das 40 línguas que falava, o gênio também escreveu vários artigos sobre história, governo, política, economia, antropologia, filologia, entre outros. Segundo Abraham Sperling, diretor do Instituto de Teste de Aptidões de Nova Iorque, William "tinha facilmente um QI entre 250 e 300 pontos”.


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