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Matérias / Personagem

Ho Chi Minh, o revolucionário comunista que construiu o único país a causar uma derrota aos EUA

Líder, pensador e político socialista, ele viajou pelo mundo antes de se tornar governante de um dos mais singulares projetos nacionais da Guerra Fria

André Nogueira Publicado em 27/11/2020, às 14h00

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Ho Chi Minh, líder e revolucionário comunista - Wikimedia Commons
Ho Chi Minh, líder e revolucionário comunista - Wikimedia Commons

Ho Chi Minh foi um dos maiores líderes do Terceiro Mundo durante a Guerra Fria, tornando-se internacionalmente relevante ao governar o Vietnã comunista contra as ocupações francesa e estadunidense em seu país, reunificando a nação sob a bandeira vermelha. O mais destacado fato dessa participação na guerra, inevitavelmente, é a vitória humilhante de seu pequeno país contra os EUA.

Ho começou sua vida adulta viajando, pois trabalhava como cozinheiro em um navio francês, chegando a viver na Inglaterra e em Paris como jardineiro, maleiro, garçom e outros ofícios. Sua integração com a sociedade europeia foi tamanha que, enquanto estudava, ajudou a fundar o Partido Comunista Francês.

Ho Chi Minh em foto colorida / Crédito: Getty Images

Na França, ele desenvolveu ideais que foram fortíssimos em sua trajetória política: para Ho Chi Minh, havia algo no capitalismo que unificava todos os trabalhadores, que eram explorados e tinham suas vidas castradas por ele. Assim, faz-se necessária uma solidariedade a nível global, não fazendo distinção entre um trabalhador europeu e um asiático.

Em 1923, ele partiu para Moscou, onde aprendeu métodos de guerrilha e estratégia militar, entrando para a Cominstern. De lá, viajou para China e Hong Kong, onde se articulou em movimento para buscar a independência da Indochina da colonização francesa. Chegou a ser preso e fugir, retornando a Moscou, se reestruturou e voltou ao Vietnã: lá, já começara seu desenvolvimento prático enquanto líder militar, combatendo a invasão japonesa e os colonos europeus durante a Segunda Guerra.

Crédito: Getty Images

Com o fim da Guerra, Hoi Chi Minh declarou a autonomia do Norte da península, o Vietnã. Por isso entrou numa guerra contra a França, que durou até 1954, com vitória do movimento independentista Viet Minh. Porém, logo depois foi iniciada a Guerra do Vietnã, por conta da tentativa de reunificação do país e a pressão dos EUA em combater a influência comunista. Ho morreu em 1969, em Hanói, mas seu país manteve suas tradições de guerra nacional, que o conduziu à vitória em 1976.

A boa liderança de Ho na guerra integrou duas questões importantes: conhecimento tático de guerrilha e uma concepção nacional integrada do conflito. Com bastante contato com a literatura europeia, Ho Chi Minh era um bom conhecedor de Carl von Clausewitz, considerado o pai da guerra moderna, e que foi a inspiração do líder comunista para a vitória contra os colonizadores: a unificação de toda a nação como corpo organicamente unido, munindo todos os aspectos da vida social para a participação na guerra.

Ho era um homem sorridente e bem humorado / Crédito: Wikimedia Commons

Essa ideologia de guerra, fortemente interligada à noção de resistência, afirma que a força principal da nação está no povo, que é o fio condutor de todas as outras esferas. Por isso, o exército vietnamita era treinado com o intuito de fazê-los protetores (e nunca violadores) das terras de plantio alheias, a posse e animais das pessoas, a honra, o respeito. Com isso, nascem as seis proibições e as seis permissões atreladas a uma boa cidadania no Vietnã.


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