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Matérias / Assassinatos

'Sangue por toda parte': A morte misteriosa de jovens em universidade dos EUA

Quarto onde os corpos foram encontrados foi descrito como a "pior cena do crime" já vista pelos policiais locais

Ingredi Brunato Publicado em 12/01/2023, às 16h15 - Atualizado em 29/12/2023, às 13h02

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Fotografia mostrando as quatro vítimas - Divulgação/ Redes Sociais
Fotografia mostrando as quatro vítimas - Divulgação/ Redes Sociais

Na madrugada do dia 13 de novembro de 2022, quatro estudantes da universidade pública estadual de Idaho,localizada nos Estados Unidos, foram brutalmente assassinados. As vítimas estavam ainda em suas camas quando foram esfaqueadas e deixadas para sangrar até a morte. 

Todos os jovens moravam na mesma república universitária, com os ataques tendo ocorrido em quartos do segundo e terceiro andar — os dois moradores do primeiro andar, por sua vez, foram poupados. Eles só ficariam sabendo do que ocorreu horas mais tarde, uma vez que continuaram dormindo enquanto se davam os assassinatos.

As autoridades locais receberam uma ligação perto do meio-dia referente a um "indivíduo inconsciente" no endereço onde o crime ocorreu. O que os oficiais encontraram, todavia, era uma cena saída de pesadelos: 

Tinha sangue por toda parte. Nós temos investigadores que estiveram na profissão por 20, até 30 anos, e eles dizem que nunca viram nada como isso", revelou uma fonte anônima em entrevista ao DailyMail. 

Os norte-americanos a perderem suas vidas no massacre foram identificados como Madison Mogen, Kaylee Goncalves, Xana Kernodle e Ethan Chapin. Todos tinham entre 20 e 21 anos, e suas mortes violentas abalaram profundamente os alunos da instituição de ensino onde estudavam. 

Montagem mostrando as vítimas / Crédito: Divulgação/ Redes Sociais 

Por coincidência, o suspeito de cometer os homicídios foi detido no mesmo dia da realização de um memorial que homenageava os jovens — em 30 de dezembro de 2022. 

Trata-se de Bryan Kohberger, um homem de 28 anos formado em psicologia e justiça criminal que estava também cursando um PhD em criminologiaquando foi preso.

Atualmente, o estadunidense enfrenta 4 acusações de assassinato e uma de invasão domiciliar como consequência dos esfaqueamentos. Recentemente, promotores de Idaho pediram para que seu julgamento seja iniciado no verão de 2024 (que no país coincide entre os meses de junho e agosto).

"Caçando" 

Um depoimento policial revelou que, de acordo com a localização do celular de Kohberger em diferentes datas, foi possível identificar que ele esteve próximo da residência universitária, onde ocorreram os assassinatos, um total de 12 vezes previamente à madrugada de 13 de novembro. 

Vale mencionar que, conforme informações repercutidas pela revista People, nenhuma das vítimas conhecia o suspeito. O detalhe foi enfatizado por Shanon Gray, advogado que representa a família de um dos jovens esfaqueados em tribunal, através de uma declaração à imprensa: 

Ele [Kohberger] pode ter estado caçando eles [as vítimas], mas eles não sabiam que havia alguém seguindo eles ou algo do tipo. Eles nem mesmo conheciam o cara", afirmou o profissional, acrescentando que os estudantes "não tinham ideia de que estavam em perigo". 

Além do rastreamento de seu celular, outra evidência contra Bryan é que a arma utilizada para cometer os homicídios — uma faca encontrada ainda na cena do crime — permitiu a realização de análises de DNA. 

Esses dados foram então cruzados com vestígios de DNA coletado pelos investigadores no lixo da casa do suspeito, ao que eles foram determinados como pertencentes à mesma pessoa. 

No dia em que foi detido, o homem de 28 anos estava hospedado com sua família em outro estado, o da Pensilvânia. Ainda de acordo com a People, um policial presente no momento da prisão relatou ter estranhado a reação de Kohberger ao acontecimento: 

Ele aceitou a situação na hora. Ele sabia exatamente porque estava sendo preso. Não teve nenhum 'O que eu fiz?' ou 'Você pegou o cara errado'", narrou a fonte, que também manteve seu anonimato. 
Bryan Kohberger sendo levado em custódia / Crédito: Divulgação/ KTVB

A seguir, o suspeito teria sido extraditado de volta à Idaho. Um oficial que acompanhou esse processo revelou ao veículo que, no trajeto, Bryan teria "parecido realmente nervoso" e ficado repetindo para si mesmo a frase "Eu estou bem, está tudo bem".