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Matérias / Copa do Mundo no Qatar

Sem cerveja, fotos e relações homossexuais: 5 proibições do Catar

Embora seja sinônimo de festa e liberdade, leis cataris prometem ‘segurar’ os torcedores mais empolgados

Fabio Previdelli Publicado em 07/08/2022, às 06h00 - Atualizado em 20/11/2022, às 10h00

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Registro do Catar - Getty Images
Registro do Catar - Getty Images

Neste domingo, 20, ocorre a abertura da Copa do Mundo no Catar. Além da data incomum, visto que o evento costuma ser realizado entre junho e julho, os torcedores que acompanharão de perto as partidas do mundial também terão que se adaptar às leis rígidas do país sede. 

Altamente conservadora, a nação do Oriente Médio proíbe, por exemplo, que demonstrações de afeto sejam dadas publicamente entre casais. Ou seja, beijinhos em público será algo extremamente mal visto no país

"Eles [público] virão ao Catar como torcedores e participantes de um torneio de futebol e poderão fazer o que qualquer outro ser humano faria. As demonstrações de afeto são desaprovadas e isso se aplica a todos", declarou o presidente do comitê organizador da Copa do Catar, Nasser Al-Khater, em entrevista à CNN.

O Catar e seus países vizinhos são muito mais conservadores e pedimos aos torcedores que o respeitem. Temos certeza que o farão, assim como respeitamos as diferentes culturas, esperamos que a nossa também seja", finalizou.
Copa do Mundo no Qatar começa em 21 de novembro/ Crédito: Getty Images

Mas as proibições e leis não param por aí. Então, se você tem curiosidade de como vive o povo catari, conheça 5 leis que vigoram no país. 

1. Contra a homossexualidade 

Como já dito, o Catar é um país extremamente conservador e tem como base a Lei Islâmica, que considera a homossexualidade ilegal, conforme aponta matéria publicada pelo UOL Esporte. 

Desta forma, o casamento entre pessoas do mesmo gênero é algo totalmente proibido, assim como a fomentação de campanhas pelos direitos LGBTQIA +. Além disso, a prática sexual entre homens pode até mesmo ser motivo de prisão. Caso condenado por isso, um indivíduo pode passar três anos em cárcere.


2. Cervejinha? Melhor não 

A cerveja e os torcedores possuem uma relação tão forte que é praticamente uma “cultura” o consumo de álcool durante a Copa do Mundo. A própria FIFA incentiva isso, principalmente pelo fato de uma gigante marca de cerveja patrocinar o evento. 

Em contrapartida, o Qatar possui leis contra o consumo de álcool. Seu comércio e consumo, por exemplo, são proibidos de serem feitos em locais públicos para os muçulmanos. Um dos únicos lugares onde se pode beber tranquilamente são os hotéis internacionais — locais com maior ‘liberdade’ aos estrangeiros. 

Desta forma, a entidade máxima do futebol passou a viver um dilema quando escolheu o país como sede, em 2010. Apesar da liberação ter sido algo discutido entre a entidade e o comitê realizador do evento, ficou decidido que não será permitido o consumo de álcool dentro dos estádios, segundo aponta matéria da ESPN.


3. Sem fotos

É isso mesmo. No Catar, filmar ou fotografar qualquer pessoa sem uma permissão prévia é um ato criminoso que pode levar um indivíduo à prisão. Apenas jornalistas que estiverem trabalhando terão o ‘direito’ de fazerem filmagens.

A bola da Copa do Mundo/ Crédito: Getty Images

Mas, para isso, será necessário uma licença emitida pela Agência de Notícias do Qatar. Fora isso, é melhor evitar qualquer coisa.


4. Elas não são iguais a eles

De acordo com um relatório do Observatório de Direitos Humanos, publicado em 2021, as mulheres cataris ainda vivem numa espécie de ‘sistema de tutela masculina’; ou seja, elas não possuem total liberdade para tomarem decisões cruciais sobre suas vidas. 

Para se ter ideia, elas precisam de uma autorização de seus ‘guardiões masculinos' caso queiram se casar, estudar no exterior com bolsas do governo ou até mesmo trabalhar em algumas funções governamentais. Até certa idade, aliás, elas também precisam de uma permissão para viajar para fora do país. 

Caso um relacionamento termine em separação e, após o divórcio, a mulher consiga a guarda legal de seus filhos, ainda assim não é permitido que elas sejam as 'guardiãs primárias' deles.


5. Sem críticas

Por fim, em 2014, uma lei sobre crimes cibernéticos permite que o Governo e as autoridades punam aqueles responsáveis por produzirem ‘conteúdo considerado prejudicial ao país’.

Cartaz de boicote a Copa do Mundo no Catar em partida do campeonato alemão/ Crédito: Getty Images

Caso condenado, um indivíduo pode ser preso por até 3 anos, além de arcar com multa em dinheiro. Para que fique claro, quem decide o que é ou não prejudicial é o próprio governo catari.


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