Estreando nos cinemas brasileiros no início do ano, 'Nosso Lar 2: Os Mensageiros' chegou ao catálogo de plataforma de streaming; saiba curiosidades do livro que inspirou o longa
Quando foi lançado nos cinemas brasileiros no início de 2024, 'Nosso Lar 2: Os Mensageiros' foi assistido por mais de 1,5 milhão de espectadores, o que rendeu uma arrecadação de cerca de 31 milhões de reais.
Nesta semana, o longa-metragem estreou no catálogo dos Disney+. Protagonizado por Edson Celulari e Renato Prieto, o filme de Wagner de Assis é baseado na obra 'Os Mensageiros', psicografado por Chico Xavier. Conheça curiosidades sobre o livro!
'Nosso Lar 2: Os Mensageiros' estreou nos cinemas brasileiros em janeiro deste ano, quase uma década e meia depois de 'Nosso Lar' (2010). A produção retrata uma das obras da coletânea de Chico Xavier, intitulada 'Vida no Mundo Espiritual'.
Psicografando André Luiz, o conjunto é composto por 16 livros, sendo 'Nosso Lar' o primeiro da coletânea e 'Os Mensageiros' sua sequência.
O segundo livro da série é 'Os Mensageiros'. Então, nós optamos por continuar a série de livros e não fazer mais um filme a partir do primeiro livro, que era o 'Nosso Lar'. A gente chamou de 'Nosso Lar 2' por melhor entendimento e para entendimento também de que é uma série que vem aí pela frente, né?", explicou o diretor Wagner de Assis em uma entrevista exclusiva ao Aventuras na História
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Quando 'Nosso Lar 2: Os Mensageiros' chegou aos cinemas, a obra 'Nosso Lar' completou 80 anos. O livro foi lançado em 1994, quando o mundo enfrentava a conturbada Segunda Guerra Mundial.
Inicialmente, 'Nosso Lar' foi distribuído com uma tiragem inicial de 10 mil exemplares. 'Os Mensageiros' também foi publicado naquele mesmo ano. Em entrevista ao O Globo, Geraldo Campetti, vice-presidente da Federação Espírita Brasileira (FEB), explicou que a primeira edição se esgotou rapidamente. "Causou, inclusive, uma certa incredulidade por parte de alguns espíritas da época, entendendo que aquilo era até uma espécie de ficção científica", disse ele.
Como já dito, a coletânea 'Vida no Mundo Espiritual' começa com 'Nosso Lar'. Já 'Os Mensageiros' vem em sequência. Desde sua publicação original, 64 edições da obra já foram lançadas — o que corresponde a 2,3 milhões de exemplares vendidos.
Além do português, 'Nosso Lar' já foi traduzido para 11 outros idiomas, como o esperanto, em 1959, além do inglês, espanhol, alemão, italiano, eslovaco, francês… alcançando, ao menos, 42 países.
No ano de 2000, a portuguesa Fraternidade Espírita Cristã conseguiu licença da obra para uma adaptação em quadrinhos. No ano seguinte, a Federação Espírita Brasileira permitiu a teatralização da obra. Em 2003, 'Nosso Lar' ganhou uma versão para radionovela. Em 2010, no centenário de Chico Xavier, a versão em filme chegou aos cinemas.
'Nosso Lar 2: Os Mensageiros' continua a jornada do médico André Luiz (Renato Prieto), que se une a um grupo de espíritos mensageiros liderados por Aniceto (Edson Celulari) para ajudar pessoas na Terra a não falharem em suas missões.
O livro psicografado por Chico, conforme recorda O Globo, descreve em detalhes a vida em um plano superior — em outra dimensão — para onde os espíritos vão ao pós-morte.
Além disso, apresenta um avanço tecnológico extraordinário para a sociedade dos anos 1940. Como exemplo, Campetti citou a porta automática com acesso digital. Embora seja uma realidade hoje, foi narrada em Nosso Lar há 80 anos.
Como já dito, 'Nosso Lar' e a coletânea 'Vida no Mundo Espiritual' foi psicografada por Chico Xavier e atribuída ao espírito de André Luiz. Mas quem seria ele na visão kardecistas?
Muito sugerem que André Luiz seria o espírito do médico sanitarista Carlos Chagas, que morreu em 8 de novembro de 1934, no Rio de Janeiro, vítima de um infarto, quando tinha 55 anos. O médium brasileiro teria optado por não identificá-lo para evitar possíveis problemas.
"Não bate ser Carlos Chagas, porque André Luiz ficou oito anos no umbral. Alguns dizem que foi um erro. Ele teria ficado apenas dois anos, para justificar que teria sido Carlos Chagas. No entanto, no livro diz que foram oito anos e nunca houve qualquer pedido de correção. A gente não tem informações conclusivas", explicou Geraldo.
