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Matérias / Arquitetura

Trágica morte fez Antoni Gaudí partir sem concretizar sua maior obra

O Templo da Sagrada Família é um dos lugares mais cobiçados de Barcelona, mas nunca pôde seguir plano do criador

Wallacy Ferrari

por Wallacy Ferrari

wferrari@caras.com.br

Publicado em 21/12/2022, às 18h52

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Imagem panorâmica do Templo da Sagrada Familia - Wikimedia Commons / Bernard Gagnon
Imagem panorâmica do Templo da Sagrada Familia - Wikimedia Commons / Bernard Gagnon

Templo Expiatório da Sagrada Família recebe milhares de admiradores todos os anos para observar sua grandiosidade na cidade de Barcelona, na Catalunha, Espanha, ao enaltecer o estilo do modernismo catalão para enaltecer, através da basílica, o catolicismo. Toda a estrutura, no entanto, foi pensada de forma meticulosa para perdurar através do tempo.

O idealizador do templo foi o arquiteto Antoni Gaudí, iniciando a edificação em 1883. Dessa forma, dedicou as últimas quatro décadas de sua vida integralmente ao local, planejando cada traço. Contudo, no ano de 1926, foi vítima de um macabro acidente que o vitimou fatalmente, deixando para trás um grandioso projeto inconcluso.

Com apenar uma torre em pé, o símbolo da arquitetura catalã tinha 73 anos de idade quando, ao tentar cruzar uma avenida em Barcelona, foi violentamente atingido por um bonde. A colisão decorrente do atropelamento foi capaz de matar a mente por trás da Sagrada Família, sendo sepultado na cripta que construiu no local.

De acordo com o jornal El País, seus discípulos tiveram a oportunidade de continuar seus planos no local, mas dez anos após sua morte, o início da Guerra Civil Espanhola culminou em uma crise sociocultural e financeira capaz de interromper os esforços da obra em 1936. Somente, a esperança para o recomeço da tentativa de concluir o plano de Antoni ressurgiu em 2019.

Trabalhadores retomam conclusão do templo / Crédito: Divulgação / La Sagrada Familia

Recomeço da obra

Ao longo do século 20, Barcelona se tornou uma cidade internacionalmente requisitada como um dos principais destinos turísticos da Europa, sediando Jogos Olímpicos e abrigando uma das maiores equipes de futebol do mundo, além de se tornar conhecida pela cultura única. Dessa forma, o aumento expressivo de turistas e visitantes ao templo possibilitou um acréscimo de receita notável.

O El País exalta que 50 milhões de euros (aproximadamente R$250 milhões de reais na cotação atual) foram obtidos com as 4,5 milhões de visitas anuais, permitindo que, em 2019, a tão sonhada obra de Antoni pudesse ser retomada, com previsão de conclusão no ano de 2026, justamente quando seu falecimento completa 100 anos.

Atualmente, ao passar nas imediações da estrutura, é possível ver intervenções nas torres e grandes guindastes que tomam os edifícios. Quando a obra se encerrar, terá um total de 18 torres, sendo a mais alta delas totalizando 172 metros de altura, sendo comparável a um prédio de 50 andares.

Além disso, também aproveitam as obras, reiniciadas após 83 anos de paralização, para restaurar pontos mais danificados pelo tempo, adicionando novos níveis de base tensionada para aguentar as torres.